Do beija-flor ao lobo-guará: os animais que estampam as cédulas no Brasil
Nota de 200 reais: escolha do animal típico do Cerrado foi feita depois de pesquisas sobre espécies em extinção
Uma pergunta tomou conta da internet na tarde desta quarta-feira (29): Por que o Banco Central escolheu o lobo-guará para estampar a futura nota de R$ 200, que entrará em circulaçao no fim de agosto?
A escolha da imagem do animal, segundo a diretora de Administração do BC, Carolina de Assis Barros, foi feita por meio de uma pesquisa sobre animais da fauna brasileira ameaçados de extinção.
O lobo-guará, uma espécie típica do Cerrado, vai se juntar a uma família ilustre formada pelo beija-flor (nota de R$ 1), a tartaruga-marinha (R$ 2), a garça (R$ 5), a arara (R$ 10), o mico-leão dourado (R$ 20), a onça-pintada (R$ 50) e a garoupa (R$ 100).
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A presença dos animais remonta ao lançamento do Plano Real em 1994, que veio acompanhado de uma nova família de cédulas e moedas. E a escolha naquele momento recaiu sobre a fauna.
O real veio em substituição à família do cruzeiro real, cujas cédulas tinham uma variedade de personagens: uma baiana caracterizada estampava a nota de 50 mil cruzeiros reais, enquanto o educador e intelectual Anísio Teixeira era a face da nota de 1 mil cruzeiros reais.
‘In God We Trust’
Os animais da fauna brasileira estão, portanto, há mais de 25 anos nas cédulas do real. É uma raridade na história econômica recente brasileira, uma vez que, nos tempos de hiperinflação, nas décadas de 1980 e 1990 (primeira metade), as notas perdiam valor muito rapidamente e eram substituídas em poucos anos.
É um cenário completamente distinto ao da moeda que é considerada a mais segura do mundo, o dólar. O primeiro presidente americano, George Washington, estampa a nota de US$ 1 desde 1869. Ou seja, há mais de 150 anos.
Outros políticos históricos que remontam à independência do país ou que tiveram grande destaque na história, como Benjamin Franklin e Abraham Lincoln, estampam respectivamente as cédulas US$ 100 e US$ 5.
As notas de dólar também são conhecidas pela expressão “In God We Trust” (“Em Deus Nós Confiamos”), que apareceu pela primeira vez em 1967.
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