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EUA assumem fatias de 5% na Lithium Americas e em joint venture com a GM

Acordo marca o mais recente investimento no setor privado pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump

Por Ernest Scheyder, da Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump
O presidente dos EUA, Donald Trump  • Christopher Furlong/Pool via REUTERS
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O Departamento de Energia dos Estados Unidos adquiriu uma participação de 5% na Lithium Americas e uma fatia separada de 5% na joint venture Thacker Pass da empresa com a General Motors, que deverá ser a maior fonte de lítio do Hemisfério Ocidental.

O acordo, anunciado pela Lithium Americas, marca o mais recente investimento no setor privado pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump. Ele segue as aquisições na Intel e na MP Materials, conforme o governo tenta impulsionar os setores que considera vitais para a segurança nacional.

Na semana passada, a Reuters informou que as autoridades dos EUA estavam em discussões com a Lithium Americas sobre uma participação acionária enquanto renegociam os termos de um empréstimo governamental de US$ 2,26 bilhões para o projeto de mineração com sede em Nevada.

A Lithium Americas disse que finalizou um acordo com o Departamento de Energia para iniciar o primeiro saque de US$ 435 milhões do empréstimo anunciado anteriormente para apoiar o desenvolvimento da mina Thacker Pass, que está em construção e deve ser inaugurada até 2028.

O governo dos EUA adquirirá as participações por meio de bônus de subscrição com um preço de exercício de um centavo de dólar.

"Apreciamos muito o apoio do governo, da General Motors e de nossos parceiros", disse Jonathan Evans, presidente-executivo da Lithium Americas.

A GM, que investiu US$ 625 milhões na mina no ano passado por uma participação de 38%, tem o direito de comprar todo o lítio do projeto em sua primeira fase e uma parte da segunda fase por 20 anos.

"Estamos confiantes no projeto Thacker Pass, que reduzirá a dependência dos EUA de lítio importado e poderá apoiar a fabricação nacional em muitos setores", disse Shilpan Amin, que supervisiona as compras da cadeia de oferta da GM.

Inicialmente, as autoridades do governo buscaram uma garantia de que a GM compraria o metal independentemente das condições do mercado, uma solicitação que a montadora recusou e que levou ao pedido de participação acionária, informou a Reuters anteriormente.

Como a Lithium Americas tem sede em Vancouver, o governo do Canadá disse que analisará o negócio como parte de um processo padrão vinculado à Lei de Investimentos do Canadá, que permite que Ottawa aprove ou rejeite fusões e aquisições com base em seu benefício líquido para o país.

Como parte do acordo com Washington, a GM permitirá que a Lithium Americas venda a produção futura de lítio não alocada para outras partes.

A Lithium Americas também concordou em financiar uma conta de reserva de empréstimo com US$ 120 milhões no prazo de 12 meses após o primeiro saque do empréstimo.

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