William Waack

Eurasia: gestão Trump vê a operação da PF como retaliação e dobra aposta

Christopher Garman indica que decisão judicial sobre tarifas pode escalar conflito comercial, já que governo americano costuma dobrar apostas quando se sente retaliado

Da CNN
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A recente operação da Polícia Federal e a decisão judicial relacionada às tarifas comerciais podem intensificar as tensões entre Brasil e Estados Unidos, segundo análise do diretor-executivo da Eurasia Group, Christopher Garman duranta participação no programa WW.

A perspectiva de redução da tarifa de 50% até 1º de agosto já era considerada difícil. A expectativa mais otimista apontava apenas para a possível exclusão de alguns itens específicos da aplicação tarifária, principalmente petróleo e minerais críticos.

Padrão de retaliação

O histórico do governo americano mostra uma tendência clara: quando há percepção de retaliação por parte de outros países, a resposta costuma ser ainda mais assertiva.

Por esse motivo, a maioria das nações tem evitado medidas retaliatórias diretas contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos. A China é uma exceção notável, devido à sua significativa capacidade de impacto na economia americana.

A ação judicial antecipada é interpretada pelo governo americano como uma forma de retaliação, o que pode levar a uma escalada nas tensões comerciais. Embora seja esperada uma postura firme do Brasil em defesa da soberania nacional, especialistas alertam para a necessidade de cautela diplomática.

Riscos econômicos

Se o Brasil optar por medidas mais assertivas, como quebra de patentes ou ações relacionadas à propriedade intelectual, as consequências podem ser mais severas.

Enquanto o impacto da tarifa de 50% no PIB e no câmbio tende a ser moderado, retaliações adicionais dos Estados Unidos poderiam resultar em repercussões econômicas mais significativas para o Brasil.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.
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