Exceções demais podem “neutralizar” impacto da reforma tributária no PIB e aumentar alíquota, diz Tebet
Ministra do Planejamento e Orçamento também avaliou que não há problema em se promulgar novas regras de tributação de maneira fatiada, desde que seja aprovada este ano
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quarta-feira (12) que se muitas exceções forem feitas a diferentes setores no projeto de reforma tributária ela se tornará “neutra” em impacto no Produto Interno Bruto (PIB) e será necessário uma alíquota única alta.
“Se nós aumentarmos demais as exceções, no que se refere ao crescimento do PIB, ela (reforma tributária) se torna neutra… e você vai ter que provavelmente aumentar mais a alíquota a ser cobrada”, disse Tebet em entrevista à GloboNews.
A ministra afirmou ainda que o Senado “terá o tempo dele” para construir um bom texto para a reforma tributária, que já foi aprovada pela Câmara na semana passada, e disse que o governo está muito otimista em relação à votação da proposta na Casa.
Tebet também avaliou que não há problema em se promulgar a reforma tributária de maneira fatiada, desde que seja aprovada este ano.
“Votar a reforma de forma fatiada é o pior dos mundos. Mas não há problema em promulgar a reforma de forma fatiada. Não temos pressa, mas o importante é que a tributária seja promulgada neste ano”, afirmou na entrevista.
Na entrevista, a ministra também voltou a dizer que acredita que o Banco Central começará a cortar a taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano, em breve. “Não tem sentido não falar da redução da taxa de juros no Brasil este ano.”
*Com informações da Reuters e do Estadão Conteúdo