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    Fazenda diz que revisão da Moody’s já mostra impacto positivo na atração de investimentos

    Agência de risco melhorou previsão e país está a um passo de receber grau de investimento

    Cristiane Nobertoda CNN , Brasília

    O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges, afirmou nesta quarta-feira (2) que já foi possível observar um impacto positivo na revisão do rating do Brasil pela Moody’s.

    A expectativa é que essa mudança encoraje um aumento na participação de investidores internacionais nos leilões, especialmente em Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F) – títulos semestrais pré-fixados.

    Borges ressaltou que as informações macroeconômicas do Brasil demonstram uma solidez crescente, o que fez a agência de risco elevar a nota do país.

    “A gente tem, do lado externo, um investimento estrangeiro direito e um nível de reservas elevados. Em relação aos preços, a gente vê uma convergência de inflação à meta no horizonte relevante e gradativamente uma percepção da consolidação fiscal, isso já está impactando na visão das agências de rating”, disse em coletiva de imprensa.

    “A perspectiva é que continue a ver uma melhora gradual desse movimento à medida que principalmente a consolidação fiscal se mostrar na direção em que está sendo apontada”.

    Na noite de terça-feira (1º), a agência norte-americana de classificação de risco Moody’s elevou a nota de crédito soberano do Brasil de Ba2 para Ba1. Segundo a instituição, há ainda perspectiva positiva para o país, que havia sido estabelecida em maio.

    Com a melhora da classificação de risco, o Brasil está a uma nota do chamado grau de investimento, a nota de corte para que uma instituição ou país seja considerado um porto de investimentos seguros.

    A Moody’s também destacou o compromisso do governo com a meta fiscal e a expectativa com a estabilização da proporção dívida/PIB do país para manter sua perspectiva positiva.

    Dívida pública

    Segundo o Tesouro Nacional, o estoque da Dívida Pública Federal (DPF) caiu 1,46% (descontada a alta da inflação no período) passando de R$ 7,13 trilhões, em julho, para R$ 7,03 trilhões, em agosto.

    A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) também seguiu o mesmo movimento e teve seu estoque diminuído em 1,55%, ao passar de R$ 6,8 trilhões em junho para R$ 6,71 trilhões em agosto.

    O valor é o resultado do resgate líquido, no valor de R$ 163,17 bilhões, neutralizado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 57,46 bilhões.

    Já o estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe) cresceu no mês em 0,48%, encerrando o mês de agosto em R$ 319,17 bilhões (US$ 56,43 bilhões), sendo R$ 267,05 bilhões (US$ 47,21 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 52,12 bilhões (US$ 9,21 bilhões) relativos à dívida contratual.

    A DPF é fundamental para financiar o déficit do governo e sustentar investimentos em infraestrutura e serviços públicos. Já a DPMFi e a DPFe impactam a estabilidade econômica e a confiança dos investidores, influenciando as taxas de juros e a política monetária do país.

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