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    Galípolo indica apoio à autonomia financeira do BC, diz relator da PEC à CNN

    Segundo Plínio Valério, indicado de Lula, em reunião, defendeu autonomia do Banco e elogiou relatório da proposta

    Danilo Moliternoda CNN

    Indicado por Lula à presidência do Banco Centra (BC), Gabriel Galípolo teria sinalizado apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da autonomia financeira da autoridade monetária em reunião com o relator da proposta, senador Plínio Valério (PSDB-AM).

    A informação foi confirmada pelo próprio senador à CNN. Galípolo procurou Valério — assim como teria feito com outros parlamentares — em razão da sabatina a qual será submetido no Senado. A PEC relatada pelo tucano foi um dos temas tratados na conversa.

    “O Galípolo esteve comigo e disse que é favorável à PEC”, disse o senador à CNN.

    Segundo o parlamentar, o atual diretor de política monetária do BC defendeu a autonomia do Banco e elogiou tópicos do relatório de Valério. O relator vê o possível apoio de Galípolo à proposta com potencial para ajudar a tramitação do tema.

    Existe a percepção de alguns senadores de que o fato de a PEC ser de autoria de Vanderlan Cardoso, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) — que deve sabatinar Galípolo antes do Plenário da Casa —, pode contar para viabilizar seu apoio à proposta.

    Após uma série de adiamentos pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a votação da PEC ficou para depois do segundo turno das eleições municipais. O governo federal é contrário ao texto atual da proposta. O relator reclama da falta de diálogo por parte do Executivo sobre os termos do texto.

    No desenrolar mais recente, o governo apresentou onze sugestões ao texto, sendo que nove foram acatadas. As duas rejeitadas, na visão do relator, feriam a espinha dorsal da PEC, que concede autonomia orçamentária ao BC e o transforma em corporação integrante do setor financeiro público.

    “Acabava com o texto”, diz Valério. Sem perspectiva de acordo com o governo ao menos num futuro próximo, o senador não descarta que o futuro da PEC seja decidito “no voto” na Comissão.

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