Gasolina sobe 50,78% em 12 meses; veja principais vilões da inflação no período
IPCA acumulado é de 10,74%, e indicador teve maior alta em novembro desde 2015
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A gasolina teve a maior contribuição para o IPCA nos últimos 12 meses, sendo responsável por cerca de 2,49 pontos percentuais. Ela subiu 50,78% no período. • Reuters
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A energia elétrica residencial ficou em segundo lugar, contribuindo para 1,35 ponto percentual. A alta no período foi de 31,87% • Daniel Reche/Pexels
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Com uma elevação de 69,4%, o etanol contribuiu para 0,45 ponto percentual do IPCA nos últimos 12 meses • Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Outro grande responsável pela inflação alta é o gás de botijão. Ele subiu 38,88% em 12 meses, contribuindo com 0,42 ponto percentual do indicador • Caetano Barreira/Reuters
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Os automóveis novos subiram 14,25% nos últimos 12 meses, sendo responsáveis por 0,42 ponto percentual do IPCA • Reuters
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Os automóveis usados também estão na lista. Eles tiveram alta de 15,99% contribuindo com 0,30 ponto percentual • Estadão Conteúdo
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Os gastos com refeição subiram 7,46% nos últimos 12 meses, e foram responsáveis por 0,27 ponto percentual do indicador oficial de inflação • Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O aluguel residencial foi outro vilão da inflação. Ele subiu 6,59% no período, e contribuiu com 0,24 ponto percentual • Unsplash/Lucas Marcomini
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O frango em pedaços foi responsável por 0,20 ponto percentual da alta do IPCA, e subiu 33,57% em 12 meses • Lucas Jackson/Reuters
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Fechando os dez maiores vilões da inflação estão as passagens aéreas. Com alta de 36,53%, elas contribuíram com 0,15 ponto percentual da alta do IPCA em 12 meses • Tomaz Silva/Agência Brasil
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial de inflação do Brasil, já acumula alta de 10,74% nos últimos 12 meses. Os dados de novembro foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10).
Apesar de uma redução no ritmo de alta, o valor para o mês foi o maior desde 2015. Um levantamento realizado por André Braz, coordenador dos índices de preços do Ibre-FGV, a pedido do CNN Brasil Business, aponta que a gasolina é a principal vilã para a inflação nos últimos 12 meses.
Ela acumula uma alta de 50,78%, contribuindo para cerca de 2,49 ponto percentual da alta do IPCA no período. Ela é seguida da energia elétrica residencial, com uma variação acumulada de 31,87%, e do etanol, que subiu 69,4%.
O levantamento considera não apenas a variação percentual, mas também o peso de cada item na composição do IPCA. Os preços dos automóveis novos, por exemplo, subiram 14,24% ante 15,99% dos automóveis usados, mas a contribuição deles na composição do índice é maior.
Também estão entre as dez maiores contribuições o gás de botijão (alta de 38,88%), gastos com refeição (7,46%), aluguel residencial (6,59%), frangos em pedaços (33,57%) e passagens aéreas (36,53%).
No caso dos combustíveis e do gás, a alta está ligada principalmente ao preço elevado do petróleo na cotação internacional. A Petrobras segue a cotação em sua política de preços, e a alta do dólar ante o real agrava ainda mais essa aceleração nos valores.
Já no caso da energia residencial, a alta ocorre devido ao reajuste nas contas de luz para arcar com os gastos de uso das usinas termelétricas, que estão compensando a geração de energia ameaçada com os baixos níveis nos reservatórios de hidrelétricas. No segundo semestre, foi criada a bandeira escassez hídrica, que aumentou as tarifas na conta de luz.
Em específico para o mês de novembro, analistas afirmam que a alta de alguns produtos, em especial os bens perecíveis, foi menor devido aos descontos oferecidos durante a Black Friday, que se estendeu pelo mês de novembro e foi além de categorias mais tradicionais, incluindo os alimentos.