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    Governo rejeita elevar imposto para pneus de carga após pressão de caminhoneiros

    Indústria nacional, porém, teve pedido parcialmente atendido, já que Camex elevou tatifa para pneus de passeio

    Danilo Moliternoda CNN , São Paulo

    A Câmara de Comércio Exterior (Camex) rejeitou pedido da indústria nacional para elevar o imposto de importação para pneus de veículos de carga. Na mesma deliberação, na quarta-feira (18), atendeu ao setor e subiu a tarifa de pneus de passeio, de 16% para 25%, por 12 meses.

    Ambos eram pleitos da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). Para os pneus de carga, o pedido era de elevação de 16% para 35%.

    A demanda foi analisada pela Gecex, comitê-executivo da Camex, que é presidida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

    A indústria nacional reclama de uma “invasão” de produtos asiáticos, especialmente chineses. Um estudo encomendado à LCA Consultoria mostrou que os pneus importados do continente chagam ao país com preços, em média, 69% menores que os praticados no mercado internacional.

    No período de 2017 a 2023, enquanto as vendas de pneus da indústria nacional, para passeio e carga, caíram 18%, as importações avançaram 117%. Se considerar os cinco primeiros meses de 2024 e de 2017, a queda das vendas nacionais é de 19%, e a alta das importações, de 229%.

    Do outro lado do pleito sobre a elevação do imposto para pneus de carga estavam os caminhoneiros. Entidades representativas indicavam que elevar a tarifa faria subir os preços do produto no país. O grupo chegou a ameaçar realizar greve.

    Segundo estudo da Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidp), a elevação de tarifa deixaria os pneus 25% mais caros no Brasil, impactando no aumento de custos de 6% para o setor de transporte rodoviário.

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