Governo se reúne com Petrobras para avaliar impactos da tarifa de 50%

Também participaram do encontro entidades e outras empresas ligadas aos setores de petróleo, gás natural e biocombustíveis

Vitória Queiroz, da CNN, em Brasília
Fachada do Ministério de Minas e Energia e do Ministério do Turismo, em Brasília  • Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Ministério de Minas e Energia (MME) promoveu na última quinta-feira (10) uma reunião com entidades e empresas dos setores de petróleo, gás natural e biocombustíveis para discutir os possíveis impactos da tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros.

O encontro teve como objetivo avaliar efeitos, a partir da análise dos setores sobre os possíveis reflexos das medidas econômicas na cadeia produtiva brasileira.

A ideia é que o Brasil esteja preparado para responder, de forma técnica e coordenada, a possíveis alterações no comércio internacional com impacto em cadeias estratégicas como petróleo, gás e biocombustíveis.

 

 

Participaram da reunião representantes das seguintes entidades e empresas:

  • Petrobras;
  • Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar);
  • Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais);
  • Aprobio (Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil);
  • Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene);
  • IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás);
  • Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis);
  • UNEM (União Nacional do Etanol de Milho); Bioenergiabrasil;
  • Be8;
  • FS Bioenergia;
  • Raízen;
  • Inpasa;
  • Sindaçucar-AL;
  • Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil); e
  • Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).

A nova alíquota sobre os produtos brasileiros entra em vigor a partir do dia 1º de agosto.

Em carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente norte-americano Donald Trump alega que a relação comercial entre as partes é "muito injusta", marcada por desequilíbrios gerados por "políticas tarifárias e não-tarifárias e pelas barreiras comerciais do Brasil".

Segundo Trump, a alíquota de 50% "é muito menor do que o necessário para termos condições de concorrência equitativas que devemos ter com o seu país".

Os norte-americanos mantêm um superávit de longa data com o Brasil. Em 2024, as exportações brasileiras para os Estados Unidos totalizaram mais de US$ 40 bilhões, uma alta de 9,2% em relação a 2023. Apesar do crescimento, o saldo comercial foi favorável aos americanos em mais de US$ 250 milhões.

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