Haddad: não vejo reequilíbrio na economia dos EUA sem queda do dólar
Ministro prevê depreciação da moeda americana mesmo se Fed for conservador no corte de juros
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender a tese de que o dólar, hoje em R$ 5,76, cairá em breve. A fala aconteceu em evento na capital paulista nesta sexta-feira (28).
"Não consigo enxergar reequilíbrio nos Estados Unidos sem alguma desvalorização do dólar. Não acho que tarifas vão resolver", disse.
Acontece que o dólar alto favorece as importações e prejudica as exportações. Isso num contexto em que presidente dos EUA, Donald Trump, reclama do déficit comercial do país com seus parceiros.
Trump indica que este cenário desacelera a produção norte-americana e propõe as tarifas a bens e serviços do exterior como uma solução.
Haddad defendeu que a depreciação do dólar pode acontecer mesmo se o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), não reduzir o juro de maneira considerável.
"Talvez a gente já consiga ver neste ano uma desvalorização do dólar, mesmo que o juro não caia tanto nos EUA. Se isso acontecer, vai aliviar para o Banco Central. Se isso acontecer, poderemos ter uma acomodação [na economia brasileira]", disse.
