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    Haddad propõe taxar quem ganha mais de R$ 50 mil para compensar isenção para salários até R$ 5 mil

    "Nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo", diz Haddad

    Gabriel Garciada CNN , Brasília

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (27), que o governo federal vai compensar a isenção de imposto de renda anunciada para salários de até R$ 5 mil por mês aumentando a taxação para pessoas com rendas superiores a R$ 50 mil.

    “A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais”, disse Haddad sobre a isençao de IR.

    Em pronunciamento à nação nesta terça, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou sem detalhes o pacote de corte de gastos do governo, que prevê uma economia de R$ 70 bilhões para os cofres públicos nos próximos dois anos.

    Entre as medidas apresentadas por Haddad estão: um reajuste no abono salarial, limitar o crescimento das emendas parlamentares abaixo do limite do arcabouço (2,5% ao ano), mudanças na idade mínima para aposentadoria dos militares e limitação de transferência de pensões.

    No caso do abono salarial, o governo vai manter para quem ganha até R$ 2.640. Esse valor será corrigido pela inflação nos próximos anos e se tornará permanente quando corresponder a um salário mínimo e meio.

    Além disso, 50% das emendas das comissões do Congresso passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública, reforçando o SUS.

    “Essas medidas que mencionei vão gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e consolidam o compromisso deste governo com a sustentabilidade fiscal do país”, disse Haddad.

    Uma coletiva para detalhar as medidas deve acontecer nesta quinta-feira (28).

    As medidas apresentadas por Haddad ainda precisam ser votadas e aprovadas pelo Congresso Nacional. Haddad afirma ter “esperança” de uma aprovação das medidas ainda neste ano, mesmo com o calendário apertado.

    A ideia do governo é aproveitar projetos que já tramitam nas casas legislativas.

    O ministro ainda anunciou que o crescimento do salário mínimo será limitado ao intervalo do arcabouço (0,6% a 2,5%).

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