Hidroavião gigante de combate a incêndio está à venda por US$ 5 milhões
Aeronave histórica Martin JRM Mars pode transportar 27.000 litros de água para combater incêndios florestais
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Martin JRM Mars: O maior hidroavião do mundo tem 35,7 metros de comprimento por 60,9 metros de envergadura de asas e peso máximo de decolagem de 74.800 kg • Divulgação
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Martin JRM Mars: A aeronave com uma longa carreira no combate a incêndios florestais está à venda por US$ 5 milhões no website Platinum Fighters, especializado na venda de aviões clássicos • Divulgação
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Martin JRM Mars: Fabricado em 1946, passou por uma revisão técnica em 2016 e está em condições de voo, embora ele não decole há quase oito anos. • Divulgação
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Martin JRM Mars: Concebido originalmente como um hidroavião quadrimotor de patrulha marítima e bombardeiro, o modelo foi um pedido da Marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial • Divulgação
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Martin JRM Mars: Após o conflito, os hidroaviões Martin continuaram em operação com a Marinha dos EUA como transportadores de tropas e cargas até 1956. Três anos depois, a companhia canadense Forest Industries Flying Tankers adquiriu quatro aparelhos e os converteu para missões de combate a incêndios • Divulgação
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Um pedaço da história da aviação está à venda no Canadá. E que pedaço! Trata-se de um Martin JRM Mars, o maior hidroavião do mundo, com 35,7 metros de comprimento por 60,9 metros de envergadura de asas (maior que as asas de um Boeing 747 de primeira geração) e peso máximo de decolagem de 74.800 kg.
A aeronave com uma longa carreira no combate a incêndios florestais está à venda por US$ 5 milhões no website Platinum Fighters, especializado na venda de aviões clássicos.
Conforme descrito na página, o modelo com matrícula canadense C-FLYL e fabricado em 1946, passou por uma revisão técnica em 2016 e está em condições de voo, embora ele não decole há quase oito anos.
O proprietário da hidroavião, batizado de “Hawaii Mars II”, é a Coulson Aviation, empresa canadense baseada em Port Alberni, na província de British Columbia, que há mais de 30 anos presta serviços de combate a incêndios florestais na América do Norte com uma variada frota de aviões e helicópteros de diferentes portes adaptados para esse tipo de missão.
Concebido originalmente como um hidroavião quadrimotor de patrulha marítima e bombardeiro, o Martin JRM Mars foi um pedido da Marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Depois que o primeiro protótipo voou, em 23 de junho de 1942, o governo norte-americano encomendou 20 unidades do “barco voador”, mas apenas cinco exemplares foram concluídos.
Pós-guerra
Após o conflito, os hidroaviões Martin continuaram em operação com a Marinha dos EUA como transportadores de tropas e cargas até 1956. Três anos depois, a companhia canadense Forest Industries Flying Tankers adquiriu quatro aparelhos e os converteu para missões de combate a incêndios, incluindo tanques internos para comportar até 27.000 litros de água que podia ser despejada sobre uma área de 16.000 m².
Em 2007, os dois aparelhos remanescentes (os outros dois se envolveram em incidentes e tiveram perda total) foram comprados pela Coulson Aviation, que utilizava os hidroaviões a partir do lago Sproat, em Port Alberni. Irmão gêmeo do Hawaii Mars II que está à venda, o “Philippine Mars” foi aposentado em 2012 e hoje está preservado no Museu Nacional de Aviação Naval, na base aérea naval de Pensacola, no estado da Flórida, nos Estados Unidos.
O Hawaii Mars II, por sua vez, foi aposentado duas vezes. Em 2013, o aparelho saiu de serviço depois que a província de British Columbia encerrou o contrato com o proprietário da aeronave. No entanto, em 2015 a aeronave foi reativada para ajudar a combater incêndios florestais no Canadá por um mês e em seguida foi estocada novamente.
O último voo do hidroavião ocorreu durante o festival aéreo Air Venture, nos Estados Unidos, em 2016. Na ocasião, o clássico hidroavião fez uma demonstração ao público e despejou água sobre o aeródromo de Oshkosh, no estado de Wisconsin, onde é realizado o evento.
Embora esteja em condições de voo, é improvável que o Hawaii Mars II retorne à rotina de combate a incêndios, apesar de sua eficiência comprovada em operações dessa natureza. No anúncio de venda, a corretora adianta qual pode ser o destino da aeronave: “a oportunidade de comprar e preservar uma parte única da história da aviação agora está disponível para os compradores mais exigentes”.
Ficou interessado nessa relíquia da aviação? Quem comprar o clássico Martin JRM Mars e decidir mantê-lo ativo talvez precise reservar uma quantia extra (e comprar um lago).