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    Inflação, câmbio, combustível e embalagens pressionam preços de arranjos e buquês

    Tradicional presente no Dia das Mães, flores registram aumentos de até 100% nos preços

    Beatriz PuenteCamille Coutoda CNN , Rio de Janeiro

    A inflação chegou no mais tradicional presente procurado pelos consumidores no Dia das Mães: as flores. Com o IPCA acumulado de 12 meses registrando 11,3%, os buquês e arranjos ficarão mais caros neste ano. Na semana da data comemorativa, as flores poderão registrar aumentos de até 100%, segundo representantes do setor.

    Além dos fatores econômicos, a demanda reprimida dos anos de pandemia da Covid-19 somada à queda de produção de flores por conta da demora da retomada do mercado e o tempo de plantio, fizeram com que a oferta seja menor. Logo, o preço fica mais alto.

    A CNN levantou que um buque de rosas vermelhas, um dos modelos mais procurados para a data, pode ser comprado por uma média de R$ 200.

    No entanto, os números variam de acordo com a região e com o tipo de flor. Segundo o diretor do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Renato Opitz, os tipos de flores mais procuradas podem ter registrado até 300% de aumento, mas há opções no mercado como um todo.

    “São as rosas, os lírios, as bromélias, alguns outros tipos de flores de corte boca de leão, tango, são algumas das flores mais conhecidas. Varia muito também da cor, né? Porque muitas vezes é a cor vermelha é a mais procurada. A alternativa, de repente, é mudar a cor, o tamanho e pesquisar preço”, destaca Opitz.

    Os maiores amentos registrados foram nas rosas (200%), callas (100%), lírios (150%), astrometrias (300%) e rosas Vermelhas (300%).

    Além da inflação, os principais encarecedores apontados pelos produtores de flores são: o câmbio, as embalagens e o transporte. Neste Dia das Mães, data mais importante para o setor junto com o Dia dos Namorados, os custos de produção dobraram.

    “Muitos dos itens de produção são importados. Por exemplo, as mudas são importadas em grande parte e representam um alto percentual do custo total do produto. Fora isso, a questão das embalagens que são a base de petróleo. Então, elas também encareceram muito. No quesito distribuição das flores e plantas no Brasil como um todo, tem a questão do preço do óleo diesel. O transporte é feito por caminhões ou por via aérea, então o frete aumentou muito” explicou o diretor da Ibraflor.

    O setor de flores movimenta mais de R$ 10 bilhões por ano e o Brasil está entre os 15 maiores produtores do mundo. Cerca de 15% são as flores de corte, ou seja, que são vendidas sem as raízes porque estão em buquês ou arranjos em vasos.

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