Inflação no Japão pode aumentar no pós-pandemia, diz membro da diretoria do BC

O BC japonês limita os juros de longo prazo em torno de zero e compra grandes quantidades de títulos e ativos do governo para atingir sua meta de inflação de 2%

Leika Kihara, da Reuters
Sede do banco central do Japão em Tóquio, May 22, 2020
  • Foto: REUTERS/Kim Kyung-Hoon
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Um mundo pós-pandemia de coronavírus pode oferecer oportunidade para as empresas japonesas aumentarem os preços e ajudar o banco central a atingir sua meta de inflação de 2%, disse o membro da diretoria do banco central do Japão Seiji Adachi nesta quarta-feira (2).

Mas há pouco que o banco central possa fazer além de manter "pacientemente" seu estímulo, disse Adachi.

"Um mundo pós-pandemia pode oferecer uma grande chance de atingir nossa meta de inflação de 2%", se os varejistas puderem cobrar mais por seus serviços, ao contrário dos períodos anteriores de deflação no Japão, disse Adachi em coletiva de imprensa.

Atualmente, o banco central japonês limita os juros de longo prazo em torno de zero e compra grandes quantidades de títulos e ativos do governo para atingir sua meta de inflação de 2%.

O banco central pode precisar responder caso o iene aumente com as expectativas de que o Federal Reserve dos Estados Unidos diminuirá suas compras de ativos, embora seja difícil prever como os mercados reagirão a qualquer movimento desse tipo por parte do Fed, disse Adachi.

"Se o banco irá responder dependerá de se (a redução do Fed) desencadeia um aumento do iene", acrescentou.

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