Intenção de consumo das famílias cai, mas acesso ao crédito melhora, aponta CNC
A ICF recuou 0,1% em agosto enquanto o acesso ao crédito cresceu 0,6%
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,1% em agosto, conforme pesquisa mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta quinta-feira (22).
Segundo a entidade, essa é a segunda queda consecutiva registrada em 2024 e reflete, em especial, a piora na perspectiva profissional, que diminuiu 0,2% no mês.
Essa queda com relação às carreiras pode ser explicada pela desaceleração do crescimento contínuo da geração de empregos.
A redução da ICF, no entanto, não foi maior por conta do desempenho positivo de acesso ao crédito, conforme analisado pela CNC. O índice cresceu 0,6% no oitavo mês do ano.
Além disso, a variação anual da intenção de consumo foi positiva, de 1,2%.
Desempenho por faixa de renda
As famílias com renda acima de dez salários mínimos tiveram queda de 0,2% na intenção de consumo. As com rendimento menor, registraram estabilidade no índice.
Para o futuro, as expectativas são negativas. Para as famílias com maior renda, a perspectiva de consumo nos próximos meses reduziu 0,7%. Entre as de menor renda, a queda chega a 1,1%.
O fato de as famílias que ganham mais terem reduzido sua intenção de consumo, e as de menor renda terem maior queda da perspectiva de consumo pode ser explicado, segundo o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, por uma maior seletividade no crédito, que favorece aqueles com maior capacidade de pagamento.
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