"Intolerância começa a ficar chata", diz Fávaro sobre rejeição do agro ao governo

Ministro pontua que o gestão respeita "posições políticas e partidárias divergentes"

Danilo Moliterno, da CNN, São Paulo
Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Henrique Baqueta Fávaro, fala à CPI do MST, em 17 de agosto de 2023.
Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro  • Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, comentou sobre a rejeição do agronegócio ao governo Lula. Nesta segunda-feira (22), ele se reuniu com representantes do setor em São Paulo.

"Este setor é muito importante para o Brasil, e fazemos todo o trabalho de abertura de mercados, de promoção do crescimento, que é nossa obrigação. Mais do que discurso, fazemos na prática. Mas a intolerância já começa a virar algo chato. Está perdendo a graça", disse.

Em sua fala, Fávaro disse que o governo respeita "posições políticas e partidárias divergentes". Ele ainda afirmou que "ninguém precisa gostar do ministro ou do presidente".

"Não é um concurso de simpatia", disse.

Fávaro participou de reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Consag), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Ao comentar números do Plano Safra, anunciado nas últimas semanas, o ministro apontou disse que o patamar da taxa Selic é "restritivo" para o investimento no setor.

Segundo Fávaro, agora é necessário o apoio do setor público.

O Plano Safra do agronegócio prevê R$ 400 bilhões em recursos, sendo R$ 16,3 bilhões em subvenção do Tesouro Nacional para equalizar as taxas de juros.

Em meio à necessidade de garantir recursos e, ao mesmo tempo, a responsabilidade fiscal, o ministro disse que o presidente Lula teve sensibilidade com o setor.

"O ponto que foi decisivo foi a participação do Lula. Este é o maior Plano Safra da história do Brasil", disse.

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