Isenção da conta de luz a mais pobres deve chegar ao Congresso em 15 dias

Expectativa do Ministério de Minas e Energia é de que a proposta seja formalizada por medida provisória, entrando em vigor imediatamente

Vitória Queiroz, Larissa Rodrigues, da CNN, em Brasília
Fachada do Palácio do Congresso Nacional, em Brasília
Fachada do Palácio do Congresso Nacional, em Brasília  • Pedro França/Agência Senado
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A isenção do pagamento de energia elétrica para até 60 milhões de pessoas deve ser enviada o Congresso Nacional pelo governo federal em 15 dias. Fontes relataram à CNN que a expectativa é que o texto seja publicado como medida provisória, ou seja, entrando em vigor imediatamente.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta sexta-feira (2) para debater os detalhes da proposta. Chamada de reforma do setor elétrico, o texto vem enfrentando dificuldades antes mesmo de ser oficializado.

A medida estabelece desconto integral na conta de luz para consumidores que consumam até 80 kWh por mês e que atendam aos seguintes requisitos:

  • famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal de até meio salário mínimo per capita;
  • pessoas com deficiência ou idosos inscritos no Benefício de Prestação Continuada (BPC);
  • famílias indígenas ou quilombolas do CadÚnico.

De acordo com a proposta, o consumidor só vai pagar o que ultrapassar o limite de 80 kWh.

A tarifa social atende atualmente cerca de 40 milhões de pessoas, com descontos de até 65%. Famílias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico que atendam aos requisitos têm desconto de 100% até o limite de consumo de 50 kWh por mês.

O custo para estimado para tal medida é de mais R$ 3,6 bilhões anuais. Silveira disse que os recursos não devem vir do Tesouro Nacional.

Além disso, o Ministério de Minas e Energia propõe a isenção do pagamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para as famílias com renda mensal de meio a um salário mínimo inscritas no CadÚnico.

A pasta também quer que, a partir de 2026, os consumidores de baixa tensão — residenciais e pequenos comércios — possam escolher a fonte da sua energia. A ideia é que essa abertura seja escalonada, começando no fim do próximo ano.

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