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Juros já estão restritivos e remédio em excesso pode prejudicar, diz Haddad

Ministro da Fazenda sinalizou possibilidade de crescimento econômico menor esse ano, dando alívio para inflação

João Nakamura, da CNN, em São Paulo
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Fernando Haddad, ministro da Fazenda  • 20/12/2024 - PF analisa três pedidos de inquéritos enviados pelo Ministério da Fazenda
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (30) que os juros praticados no país já estão em um patamar restritivo, nível que tende a desacelerar a economia.

Em entrevista à Rede TV!, o chefe da equipe econômica comparou o momento da economia brasileira a quando uma pessoa está doente e é inficada a tomar um medicamento. O problema em questão para o país é a inflação.

"O que reafirmo é: se você já está com uma taxa muito restritiva, o remédio em excesso às vezes é contraproducente. Não é porque digo que o remédio é bom que você vai tomar todo dia. Isso vale para o fiscal e para os juros, a dosimetria é uma arte", pontuou Haddad.

O chefe da equipe econômica ainda indicou que a Fazenda já projeta uma desaceleração do crescimento econômico do Brasil para 2025. Após alta do Produto Interno Bruto (PIB) estimada a 3,5% em 2024, o ministro afirma que a economia deve acelerar 2,5% neste ano, o que ainda deve dar um alívio para a inflação.

Na última quarta-feira (29), o Banco Central (BC) elevou a Selic, a taxa básica de juros, em um ponto percentual, elevando-a a 13,25% ao ano.

Questionado sobre o trabalho do indicado do governo à presidência da autarquia, Gabriel Galípolo, o ministro da Fazenda foi pontual ao dizer que "as pessoas que estão lá [Banco Central] são de alta competência técnica".

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