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    LGPD dá respaldo para dados não serem usados inadequadamente, diz especialista

    Lei sobre proteção de dados completa um ano de vigência no mês de setembro

    Produzido por Juliana Alvesda CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN, a especialista em segurança da informação Mariá Possobom Rocha afirmou que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) “dá um respaldo muito grande aos clientes para evitar que dados sejam compartilhados com outras empresas ou sejam usados de formas não adequadas”.

    O texto completou um ano em vigor no mês de setembro e foi um marco na regulamentação de dados pessoais no Brasil. Dessa forma, Rocha explicou o quão importante é que as pessoas leiam com atenção como se dá o compartilhamento de informações nos serviços utilizados.

    “Muitas vezes estamos com pressa e aceitamos tudo sem ler”, disse.

    “Se não lemos essas regras, muitas vezes estamos autorizando que esses dados sejam compartilhados com outras empresas terceiras e pessoas para fins comercias.”

    Apesar disso, a especialista também ressaltou a importância do preenchimento correto das informações pessoais, caso a empresa procurada siga a LGPD. “Nenhum dado deve ser solicitado se não tiver uma finalidade específica”, alertou.

    “Se a empresa está adequada à lei e o consumidor confia nela, então tem condição de fazer um tratamento adequado dos seus dados, que ele os coloque de forma correta.”

    Dados pessoas e sensíveis

    Outro ponto abordado por Rocha é a diferença entre dados pessoais e dados sensíveis. Segundo ela, é essencial que se saiba quais são cada um, para que o cliente possa utilizar o serviço de determinada empresa da maneira mais segura.

    “Dados pessoais são todos os dados que definem uma pessoa física”. Alguns exemplos citados pela especialista são o endereço, o nome completo e o número do celular.

    Já os sensíveis são ainda mais específicos sobre cada indivíduo, como, por exemplo, o tipo sanguíneo. “Todos esses dados que caracterizam informações mais sensíveis precisam ter um cuidado ainda mais intenso, porque podem dizer muito a respeito da pessoa”, explicou.

    “Uma vez que temos o conhecimento sobre o que são dados pessoais e sensíveis, podemos decidir que tipo de compartilhamento queremos dar para esses os mesmos.”

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