Mercado acompanhará se pacificação de Bolsonaro dura, diz ex-presidente do BC
Segundo Gustavo Loyola, a declaração do presidente sobre não querer agredir Poderes foi positiva
Em entrevista à CNN, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola afirmou que o mercado financeiro vai acompanhar a “pacificação” estabelecida com a declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No comunicado, o presidente declarou que não teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes”.
“A carta é positiva, porque acena com uma pacificação”, disse Loyola.
“A questão é saber se isso dura, se de fato essa intenção de pacificação do presidente existe e como o relacionamento entre os Poderes vai ocorrer daqui para frente.”
O dólar fechou em queda ante o real após a declaração de Bolsonaro, recuando 1,85%, a R$ 5,2270. A Ibovespa também se acalmou no final do dia; o índice subiu 1,66%, aos 115.291 pontos.
Investidores
Segundo Loyola, a movimentação da crise institucional é importante porque define os passos de investidores. “Toda essa turbulência institucional gera insegurança, principalmente quando se trata de investidores de longo prazo”, explicou.
Além disso, ele destaca que o clima de tensão política “é muito negativo para atacar problemas de curto prazo que o Brasil tem”. Dois exemplos citados por ele, são o desemprego e a inflação.