Número de usuários premium cresce 17%, mas receita do Spotify decepciona analistas
Assinantes, que respondem pela maior parte da receita da empresa, aumentaram para 220 milhões
A Spotify divulgou nesta terça-feira (25) resultados de segundo trimestre em que o número de usuários premium, que respondem pela maior parte da receita da empresa, aumentou 17%, para 220 milhões, superando as estimativas de 216,6 milhões, de acordo com dados da Refinitiv.
No entanto, a receita trimestral foi de 3,2 bilhões de euros (próximo a R$ 17 bilhões), levemente abaixo da estimativa dos analistas de 3,21 bilhões de euros. O resultado fez suas ações despencarem cerca de 10% na Bolsa de Nova York.
Já o número de usuários ativos mensais aumentou para 551 milhões no segundo trimestre, acima de previsões da empresa e de analistas de 526,8 milhões. A companhia ainda projeta que o número de ouvintes mensais chegará a 572 milhões neste trimestre.
Depois de traçar planos no ano passado para obter 1 bilhão de usuários até 2030 e alcançar US$ 100 bilhões (R$ 474 bilhões) de receita anual, o Spotify vem crescendo rapidamente, mas sua cara campanha de expansão para podcasts e audiolivros impactou as margens.
“É o sexto trimestre consecutivo em que o crescimento de usuários tem sido incrivelmente bom”, disse o presidente-executivo, da Spotify, Daniel Ek, à Reuters.
“Se tivermos um crescimento de usuários, o crescimento da receita eventualmente virá – essa é a lição aprendida no Spotify e já vimos isso várias vezes”, disse Ek.
Na segunda-feira, a Spotify anunciou aumento de preços de seus planos premium em vários países, incluindo Brasil, mas espera que os reajustes tenham um impacto mínimo sobre a receita neste trimestre.
O diretor financeiro, Paul Vogel, disse que o aumento dos preços começará a entrar em vigor a partir de setembro. “No quarto trimestre, teremos a totalidade do aumento de preços”, disse ele.
A Spotify espera que os assinantes premium atinjam 224 milhões neste trimestre e uma receita de 3,3 bilhões de euros (R$ 17,3 bilhões). Analistas esperavam 222,4 milhões de assinantes e receita de 3,40 bilhões de euros (R$ 17,8 bilhões).