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Opep mantém projeções para PIB do Brasil em 2025 e 2026, mas teme tarifas

Cartel, no entanto, acredita que o país pode compensar parte do impacto tarifário por meio de negociações ou redirecionamento das exportações para outros mercados

Isabella Pugliese Vellani, do Estadão Conteúdo
Logo da Opep em sua sede em Viena
Logo da Opep em sua sede em Viena  • Imagem de arquivo do logotipo da Opep em sua sede em Viena, Áustria. 19 de junho de 2018. REUTERS/Leonhard Foeger
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A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) manteve as projeções de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil nos próximos dois anos, prevendo alta de 2,3% em 2025 e de 2,5% em 2026.

No entanto, o cartel menciona que o recente anúncio de tarifas americanas de 50% sobre as exportações brasileiras representa um novo, embora limitado, risco de queda, em relatório publicado nesta terça-feira (12).

"Com as exportações para os EUA representando cerca de 2% do PIB brasileiro, a redução da demanda pode reduzir o crescimento a curto prazo em até 0,4 ponto porcentual", menciona no texto.

A Opep, no entanto, acredita que o país pode compensar parte do impacto tarifário por meio de negociações ou redirecionamento das exportações para outros mercados, particularmente de commodities amplamente comercializadas, como produtos agrícolas, metais e combustíveis, que representam mais da metade de suas exportações americanas.

Caso não seja alcançada uma solução entre os dois países, a Opep considera que as tarifas podem prejudicar o crescimento do PIB brasileiro no segundo semestre de 2025.

Para 2026, a organização menciona que os desdobramentos fiscais e o impacto defasado das políticas monetárias restritivas continuam sendo incertezas importantes para o próximo ano, assim como a política comercial americana, "um fator que também pode prejudicar o crescimento do Brasil no próximo ano".

O cartel também manteve previsão de que a inflação ficará elevada em torno de 5% ao longo deste ano, impulsionada por uma moeda mais fraca, inflação de serviços e aumento de salários reais.

"Em resposta, o banco central provavelmente manterá a política monetária restritiva e poderá apertar ainda mais para "reancorar" as expectativas, mesmo correndo o risco de ultrapassar a meta posteriormente", acrescenta.

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