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Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA têm queda inesperada

Maioria dos empregadores tem se mostrado relutante em demitir trabalhadores, enquanto aguardam mais clareza sobre a política comercial de Donald Trump

Reuters
Anúncio de vaga de trabalho em Kentucky, EUA
Anúncio de vaga de trabalho em Kentucky, EUA  • 07/06/2021. REUTERS/Amira Karaoud
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O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu inesperadamente na semana passada, indicando condições estáveis no mercado de trabalho, embora a lentidão nas contratações esteja dificultando que muitos trabalhadores demitidos consigam novas oportunidades.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 4 mil, para 217 mil em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 19 de julho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (24). Economistas consultados pela Reuters previam 226 mil pedidos para a última semana.

Os pedidos recuaram após terem atingido um recorde de oito meses em junho.

Embora tenha havido algumas demissões, a maioria dos empregadores tem se mostrado relutante em demitir trabalhadores, optando, em vez disso, por reduzir as contratações enquanto aguardam mais clareza sobre a política comercial protecionista do presidente Donald Trump.

Ainda há uma chance de que os pedidos de auxílio aumentem. Eles tendem a crescer em julho, em parte devido ao fechamento anual de montadoras de veículos automotores, cujo cronograma desconhecido pode atrapalhar o modelo que o governo usa para eliminar as flutuações sazonais dos dados.

"Mas, desde que o nível esteja dentro das faixas recentes, o aumento não seria preocupante", disse Gisela Young, economista do Citigroup.

Embora o crescimento do emprego tenha desacelerado em relação ao ano passado, o mercado de trabalho permanece estável e tem dado margem para que o Federal Reserve adie a retomada do corte da taxa de juros enquanto observa a possível inflação decorrente das tarifas de importação.

Trump vem exigindo que o banco central dos EUA reduza os custos dos empréstimos.

Economistas preveem que o Fed vai manter sua taxa de juros de referência na faixa de 4,25% a 4,50% na próxima quarta-feira. O Fed reduziu os juros três vezes em 2024, sendo que o último movimento aconteceu em dezembro.

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