Perspectiva para recuperação global é sombria, mostra Fórum Econômico Mundial

Pesquisa com quase mil líderes empresariais, governamentais e acadêmicos mostra que apenas 1 em cada 10 membros do Fórum espera recuperação econômica em aceleração

Por Carolyn Cohn, da Reuters
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Apenas um em cada dez membros do Fórum Econômico Mundial consultados numa pesquisa espera que a recuperação global acelere nos próximos três anos, segundo levantamento com quase mil líderes empresariais, governamentais e acadêmicos.

Apenas um, em cada seis, se mostra otimista sobre a perspectiva do mundo.

A mudança climática foi vista como o perigo número um pelos entrevistados no relatório anual de riscos do Fórum divulgado nesta terça-feira (11), enquanto a erosão da coesão social, crises de subsistência e a deterioração da saúde mental foram identificadas como os riscos que mais aumentaram desde o início da pandemia de Covid-19.

"Os líderes globais devem se unir e adotar uma abordagem coordenada de múltiplas partes interessadas para enfrentar desafios globais implacáveis e construir resiliência antes da próxima crise", disse Saadia Zahidi, diretora-gerente do Fórum.

O clima extremo foi considerado o maior risco para o mundo no curto prazo, e, a médio e longo prazos – dois a dez anos, a principal ameaça é um fracasso da ação climática, mostrou a pesquisa.

"A falha em agir sobre as mudanças climáticas pode reduzir o PIB global em um sexto e os compromissos assumidos na COP26 ainda não são suficientes para atingir a meta de (limitar o aquecimento global a) 1,5 (graus Celsius)", disse Peter Giger, chefe do grupo de risco da Zurich Insurance, que ajudou a compilar o relatório.

O relatório do Fórum também destacou quatro áreas de risco emergente: segurança cibernética, transição climática desordenada, pressões migratórias e competição no espaço.

Essa pesquisa é publicada todos os anos antes da reunião anual do Fórum, em Davos.

No entanto, o órgão com sede em Genebra adiou no mês passado o evento de janeiro até meados de 2022, devido à disseminação da variante Ômicron do coronavírus.

O relatório foi produzido em conjunto com a Zurich, a Marsh McLennan e o SK Group, da Coreia do Sul, bem como com as universidades de Oxford e Pensilvânia e a Universidade Nacional de Cingapura.

 

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