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Petrobras não deve reduzir investimentos no próximo plano, diz diretora

Declaração vem após a presidente da petroleira estatal, Magda Chambriard, ter afirmado na véspera que era hora de "apertar os cintos"

Reuters
Logotipo da estatal brasileira de petróleo Petrobras em sua sede no Rio de Janeiro, Brasil
Logotipo da estatal brasileira de petróleo Petrobras em sua sede no Rio de Janeiro, Brasil  • Sergio Moraes/Reuters
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A avaliação da Petrobras atualmente indica que os investimentos no seu próximo plano estratégico, para o período de 2026 a 2030, não serão reduzidos, afirmou nesta quarta-feira (14) a diretora de Exploração e Produção, Sylvia dos Anjos.

A declaração vem após a presidente da petroleira estatal, Magda Chambriard, ter afirmado na véspera que era hora de "apertar os cintos" diante da queda recente dos preços do petróleo e ter prometido aos acionistas austeridade e controle geral de custos.

"A ideia não é essa (reduzir investimentos). Vamos esperar o plano para dizer melhor. Já estamos fazendo e vamos ver toda essa geopolítica", disse Anjos, ao ser questionada por jornalistas em evento no Rio.

Em seu atual plano estratégico para o período de 2025 a 2029, a Petrobras prevê investir US$111 bilhões, 9% acima do quinquênio anterior.

"A gente vai continuar produzindo e continuar querendo ser um grande representante da energia primária do país. Não queremos ser menos do que somos", adicionou.

Do lado da exploração e produção, Anjos detalhou que a empresa planeja focar em aumento da eficiência das plataformas, o que pode trazer "uma redução fantástica de custos" e reiterou que a Petrobras manterá esforços para avançar com atividades exploratórias com o objetivo de repor reservas.

Segundo a executiva, é possível aumentar a produção das plataformas e manter por mais tempo em nível elevado próximo ao potencial.

"Se você tem um potencial de produzir 150 mil barris/dia e produz 100 mil, menor a eficiência. Então, quanto mais tempo a gente ficar mais perto do topo, melhor", afirmou.

Anjos também falou sobre possíveis alterações em projetos, como reduzir o "top site" de plataformas e o "arranjo submarino "de forma que o projeto fique mais efetivo".

O petróleo Brent era negociado por volta de US$ 66 o barril nesta quarta-feira, após ter registrado média de US$ 75,66 no primeiro trimestre deste ano e de US$ 83,24 entre janeiro e março do ano passado, segundo dados no balanço da estatal.

A pressão sobre os preços ocorreu por conta de decisões sobre produção do grupo Opep+, além de preocupações econômicas globais relacionadas à guerra tarifária.

Do lado da exploração, Anjos reiterou que a petroleira aguarda a licença do Ibama, buscada há anos, para realizar um poço exploratório na Bacia da Foz do Rio Amazonas, em águas ultraprofundas do Amapá, e que a empresa prevê que a limpeza da sonda destinada para o serviço será concluída neste mês.

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