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    Petrobras reduz preço de venda do gás de cozinha em R$ 0,20 para distribuidoras

    Produto passa a valer R$ 4,03 por quilo, e não R$ 4,23

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business , em São Paulo

    A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (12) que reduziu em R$ 0,20 o valor do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, para as distribuidoras. Com isso, o produto passa a valer R$ 4,03 por quilo, e não R$ 4,23.

    Segundo a estatal, o preço de um botijão de 13 quilos passaria para R$ 52,34, com uma redução média de R$ 2,60.

    A empresa afirmou que a redução “acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.

    O último ajuste no gás de cozinha foi feito pela Petrobras em 9 de abril deste ano. Naquele dia, o gás caiu de R$ 4,48 para R$ 4,23 por quilo, com o botijão de 13 quilos valendo R$ 54,94. A queda média de preço para o botijão foi de R$ 3,27.

    No início de setembro, a estatal anunciou um corte de 7% no preço de venda da gasolina para distribuidoras, que passou de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro, uma redução R$ 0,25. A redução foi a quarta consecutiva em menos de dois meses.

    Como funciona a política de preços da Petrobras?

    Implementada em 2016, a política de preços usada pela Petrobras leva em consideração alguns fatores, mas o principal é a variação internacional nos preços, que acompanha as cotações do petróleo e do gás natural.

    Além disso, a cotação do dólar em relação ao real é levada em consideração. A Petrobras possui custos em dólar, e a cotação de commodities a nível internacional é baseada na moeda norte-americana.

    Quanto maior a valorização da moeda, maior tende a ser o preço, aumentando a chance de um reajuste ser demandado.

    Isso não significa que toda variação no preço do petróleo ou na cotação do dólar é repassada imediatamente nos preços.

    A Petrobras não tem uma periodicidade fixa nos reajustes, mas a estatal afirma que busca evitar que variações pontuais sejam repassadas, ou que períodos de volatilidade, um sobe e desce nos preços, entrem na consideração do reajuste.

    Desde 2021, por exemplo, o petróleo e o gás natural entraram um movimento de forte valorização devido a um descompasso de oferta e demanda gerado pela pandemia. O cenário piorou em 2022 com a guerra na Ucrânia, mas teve um leve alívio conforme crescem as apostas em uma recessão global, o que reduziria a demanda atual.

    Já o dólar passou a maior parte de 2020 e 2021 acima dos R$ 5, com um período mais extenso de cotação abaixo desse valor no primeiro trimestre de 2022 e um novo período de queda no terceiro trimestre.

    Os valores dos produtos como o gás de cozinha, o diesel e a gasolina levam em conta ainda os tributos federais e o ICMS, que é estadual.

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