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Pix não prejudica, nem discrimina empresas, diz governo em resposta aos EUA

Governo taxou como infundadas as acusações de que o sistema favorece as empresas nacionais

Cristiane Noberto e Pedro Teixeira, da CNN, Brasília
Pessoa segura celular com o logo do pix em frenta a notas de real
Governo defende Pix como ferramenta para para ampliar a inclusão financeira e reduzir custos  • NurPhoto via Getty Images
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O Brasil defendeu o Pix, alegando que a infraestrutura de pagamentos operada pelo Banco Central é uma função soberana e não cria barreiras a empresas estrangeiras.

Em resposta à investigação comercial dos Estados Unidos sobre supostas práticas brasileiras desleais e anti-americanas, o governo ainda chamou de infundadas as acusações de que o sistema favorece as empresas nacionais.

Segundo o texto, o sistema de pagamentos instantâneos não representa prática desleal, mas sim uma infraestrutura pública criada pelo Banco Central para ampliar a inclusão financeira e reduzir custos.

“As políticas e iniciativas de serviços de pagamento eletrônico do Brasil também não prejudicam nem discriminam os Estados Unidos. Pelo contrário, buscam ampliar o acesso à participação na economia brasileira; um benefício que se estende também a entidades norte-americanas", afirma o Itamaraty.

"Essas políticas e iniciativas foram desenvolvidas como parte das funções soberanas do Brasil enquanto autoridade monetária”, diz o texto.

Na resposta, o Brasil ressaltou que o Pix fortaleceu a competição, ampliou o acesso a serviços financeiros e atingiu mais de 150 milhões de usuários em 2024, envolvendo tanto empresas nacionais quanto estrangeiras.

O texto frisou ainda que empresas estrangeiras, incluindo americanas, já participam ativamente da rede, em condições iguais às nacionais.

“O Pix opera com regras abertas e transparentes estabelecidas pelo Banco Central do Brasil, garantindo igualdade de condições para todos os participantes. Provedores estrangeiros de serviços de pagamento e instituições financeiras podem aderir ao sistema nos mesmos termos que as entidades brasileiras”, destaca o texto.

"Empresas dos EUA já são participantes ativos do Pix, beneficiando-se do aumento do volume de transações e da redução de custos que o sistema proporciona", conclui.

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