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Preços no Brasil podem cair com tarifaço, diz Haddad à CNN

Em contrapartida, ministro da Fazenda vê alimentos saltando para o consumidor norte-americano

João Nakamura e Henrique Sales Barros, da CNN, em São Paulo
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vê o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil como uma medida mais prejudicial para o cidadão norte-americano do que ao brasileiro.

"São coisas que vão encarecer o dia a dia do povo americano, seja na carne, nos ovos, no café, no suco de laranja [...], e vai eventualmente fazer os preços domésticos no Brasil caírem", afirmou, nesta terça-feira (29), em entrevista exclusiva à CNN, o chefe da equipe econômica do Executivo.

No dia 9 de julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que deve começar a aplicar, a partir do dia 1º de agosto, uma tarifa de 50% sobre os importados brasileiros.

Alimentos - como os citados pelo ministro - e insumos da indústria de transformação estão entre os principais vendidos pelo Brasil aos Estados Unidos.

"Estou desde o anúncio full time trabalhando em medidas econômicas", relatou Haddad, ressaltando que o governo federal trabalha com "muita cautela, sobriedade".

"Não podemos nem ser arrogantes, nem subimissos [...]. Eu penso que nós temos todas as condições de não fazer o dia 1º um dia fatidico. Vamos continuar negociando, os canais vagorosamente vão sendo desobstruídos", pontuou à CNN.

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