Prestadores de serviço sem experiência e sem ensino superior: veja o raio-x dos MEIs no Brasil
Existiam 14,6 milhões de MEIs no Brasil em 2022, o equivalente a 18,8% do total de ocupados, segundo IBGE
Segundo levantamento do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existiam 14,6 milhões de microempreendedores individual (MEIs) no Brasil em 2022, o equivalente a 18,8% do total de ocupados — número que cresceu nos dois anos anteriores, quando eram 13,1 milhões em 2021.
Dentre eles, apenas 13,5% possuem nível superior e cerca de 1 em cada 4 teve até dois anos de experiência prévia no mercado formal.
Os dados publicados nesta quarta-feira (21) também mostram ampla predominância destes trabalhadores no setor de serviços, com 55,8% do total.
Antes de migrar para a atividade de microempreendedor individual, a maioria era vendedor de comércio varejista, auxiliar de escritório e assistente administrativo. Mas, esse dado não reflete na situação atual, já que somente 13,5% tiveram experiência prévia na mesma atividade econômica que atuam hoje.
E esse grupo está mais presente no sudeste, em especial no estado de São Paulo.
Características sociodemográficas
O perfil dos microempreendedores no Brasil é majoritariamente homem, com 53,6%, enquanto 46,4% são mulheres. Mesmo assim, as pessoas do sexo feminino estão em maior proporção como MEIs do que no mercado de trabalho formal, do qual representam 45,3%.
O Rio de Janeiro se destaca como o lugar que acolhe mais microempreendedoras, enquanto na outra ponta Tocantins tem a menor participação feminina.
Na média, esse tipo de trabalhador possui cerca de 40 anos e a maioria, com 32,2%, são brancos.
MEIs: onde trabalham e como vivem
O setor de serviços é, em disparada, onde os MEIs se reúnem, com 55,8%. Seguido da área de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, além da indústria geral.
Em 2022, o número desses microempreendedores que empregavam outros funcionários também cresceu, indo de 104,1 mil, em 2021, para 133,8 mil.
Contudo, apenas os MEIs filiados nos últimos três anos respondem por mais da metade dos ativos em 2022. E eles ainda precisam trabalham concomitantemente em outro serviço, indicado por 17,3% do total.
*Sob supervisão de Gabriel Bosa
