“Prévia da inflação”: IPCA-15 sobe 0,2% em novembro, acima do esperado
No acumulado dos últimos 12 meses, porém, o índice desacelerou para 4,5%, dentro do teto da meta oficial, segundo o IBGE; resultado no mês foi puxado pela alta nas hospedagens, principalmente em Belém (PA)
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), prévia da inflação brasileira, registrou alta de 0,20% em novembro, pouco acima do esperado pelo mercado, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (26).
Por outro lado, o índice agora soma alta de 4,50% nos últimos 12 meses, retornando ao teto da meta oficial do Banco Central, ante os 4,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
O resultado mensal veio acima do esperado pelos analistas e do avanço de 0,18% no mês anterior. Segundo levantamento da Reuters, a expectativa era para avanço de 0,18% no mês. Em 2025, o IPCA-15 acumula alta de 4,15%.
A alta na prévia da inflação foi puxada pelo grupo Despesas pessoais (0,85%), principalmente as altas na hospedagem (4,18%) e no pacote turístico (3,90%).
Somente em Belém (PA), que sediou a COP30 neste mês, houve um aumento de 155,24% nas hospedagens, mostrou o IBGE. As passagens aéreas na cidade cresceram 25,32% no mês.
Saúde e cuidados pessoais (0,29%) e Transportes (0,22%) tiveram o segundo maior impacto no índice geral (0,04 p.p.). Em Saúde e cuidados pessoais (0,29%), o destaque foi o plano de saúde (0,50%).
Já no resultado do grupo dos Transportes (0,22%), o destaque foi para passagens aéreas, que subiram 11,87% e tiveram o maior impacto individual no índice do mês.
Entre as quedas, por outro lado, os combustíveis recuaram 0,46%. À exceção do gás veicular, que aumentou 0,20%, os demais apresentaram reduções nos preços: etanol (-0,54%), gasolina (-0,48%) e óleo diesel (-0,07%).
Alimentação e bebidas
O grupo Alimentação e bebidas, de maior peso no índice, voltou a crescer (0,09%), após cinco meses de queda, ocupando o terceiro lugar em termos de impacto. A alimentação no domicílio permanece no campo negativo, com queda de 0,15%, após recuar 0,10% no mês anterior.
Contribuíram para esse resultado os recuos do leite longa vida (-3,29%), do arroz (-3,10%) e das frutas (-1,60%).
Por outro lado, as principais altas foram a batata inglesa (11,47%), o óleo de soja (4,29%) e as carnes (0,68%).
A alimentação fora do domicílio (0,68%) acelerou em relação ao mês anterior (0,19%), em virtude das altas da refeição (de 0,06% em outubro para 0,56% em novembro) e do lanche (de 0,42% para 0,97%).
Preços de energia
Já o grupo Habitação desacelerou de 0,16% para 0,09% na passagem de outubro para novembro. A principal contribuição negativa veio da energia elétrica residencial, que passou de -1,09% para -0,38%.
Está em vigor neste mês a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Entre os subitens com aumentos, se destacam o condomínio (0,38%) e o aluguel residencial (0,37%).
Os outros grupos em alta foram: Vestuário, com variação de 0,19% e impacto de 0,01 p.p. e Educação (0,05% e 0,00 p.p.). Em queda, vieram os grupos Comunicação (-0,19% e -0,01 p.p.) e Artigos de residência (-0,20% e 0,00 p.p.).


