Puxado por laticínios, índice global de preços de alimentos tem alta em julho
Entre os laticínios, todos os produtos monitorados pelas Nações Unidas tiveram alta no mês passado

Os preços mundiais de alimentos subiram em julho, impulsionados pelos óleos vegetais, laticínios e açúcar, ampliando a recuperação iniciada no mês anterior após as fortes quedas provocadas pela pandemia de coronavírus, informou a agência de alimentos das Nações Unidas nesta quinta-feira (6).
O índice de preços dos alimentos da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO), que mede as variações mensais de uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carne e açúcar, teve média de 94,2 pontos em julho, ante cifra levemente revisada de 93,1 pontos em junho.
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"A exemplo de junho, novos aumentos nos preços dos óleos vegetais, laticínios e açúcar compensaram os preços mais baixos nos mercados de carnes, em meio a valores praticamente estáveis no índice de cereais", disse a FAO em comunicado.
O índice de preços de óleo vegetal saltou 7,6% em julho, atingindo uma máxima de cinco meses.
Entre os laticínios, todos os produtos monitorados pela FAO tiveram alta no mês passado, ajudando o índice do setor a avançar 3,5% e superar os níveis pré-pandemia, segundo a agência.
Os preços médios do açúcar registraram ganho de 1,4%, com suporte da alta nos preços do petróleo e da produção reduzida pela seca na Tailândia --fatores parcialmente compensados pelos altos volumes processados no Brasil.
Por outro lado, o índice das carnes teve queda de 1,8%, ficando 9,2% abaixo do verificado em igual período do ano anterior, com a demanda global por importações permanecendo aquém da oferta, apesar das interrupções de abate relacionadas ao coronavírus.
Já o índice dos cereais permaneceu praticamente estável, com os fortes ganhos do milho e sorgo --relacionados a compras de produtos dos Estados Unidos pela China-- sendo compensados por cotações mais baixas do arroz e pelos preços estáveis do trigo.
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