Reflorestamento pode gerar R$ 776 bilhões para o Brasil, diz estudo

Recuperação de 12 milhões de hectares previstos no Acordo de Paris promete gerar emprego e renda, enquanto remove 4,3 bilhões de toneladas de CO2 da atmosfera, aponta Instituto Escolhas

Daniel Rittner, da CNN, Brasília
Imagem aérea de zona desmatada na floresta amazônica no estado do Acre, na Amazônia brasileira, em julho de 2022.
Pelo Acordo de Paris, Brasil precisa recuperar 12 milhões de hectares de florestas até 2030  • Rafael Vilela/ The Washington Post/Getty Images
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O Brasil precisaria investir R$ 228 bilhões, em recursos públicos e privados, para cumprir a meta assumida no Acordo de Paris e recuperar 12 milhões de hectares de florestas até 2030.

Embora seja um valor alto, esse investimento poderia gerar R$ 776,5 bilhões em receita líquida e 2,5 milhões de postos de trabalho, segundo estudo do Instituto Escolhas. Na prática, argumenta o think tank ambiental, o efeito para a economia é fartamente positivo.

“A recuperação desses 12 milhões de hectares promete gerar índices expressivos de emprego e renda, enquanto remove 4,3 bilhões de toneladas de CO2 da atmosfera. É uma combinação perfeita entre a agenda socioeconômica e a agenda de mitigação da crise climática”, afirma o diretor-executivo do Instituto Escolhas, Sergio Leitão.

 

De acordo com o estudo, esse aporte em reflorestamento pode resultar em 1 bilhão de m³ de madeira para comercialização e 156 milhões de toneladas de alimentos.

Essa é a segunda vez que o Instituto Escolhas calcula o investimento necessário para o cumprimento da meta brasileira.

O primeiro estudo foi lançado meses depois da assinatura do acordo e chegou à cifra de R$ 52 bilhões. De lá para cá, apenas 79,1 mil hectares foram recuperados.

“Isso é menos de 1% da meta original. E, agora, temos que correr atrás do passivo gerado, do custo de não termos feito nada. Não podemos perder de vista, no entanto, que os resultados compensam o investimento, ainda que ele esteja quatro vezes maior”, diz Leitão.

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