Reforma tributária tem potencial de aumentar PIB em 12% ou mais em 15 anos, diz Appy

Secretário especial para a reforma tributária do Ministério da Fazenda usou o número, baseado em pesquisas acadêmicas, para defender que todos os setores da economia ganhariam com a aprovação da reforma

Gabriel Hirabahasi, da CNN, em Brasília
O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Bernard Appy durante o evento Diálogo Público - Reforma e Simplificação Tributária, promovido pelo TCU.  • Foto: Valter Campanato/Agência Brasil (24/08/2018)
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O secretário especial para a reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou que a mudança no sistema tributário em análise no Congresso Nacional tem potencial de proporcionar um crescimento adicional de 12% ou mais no Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos 15 anos em um cenário tido como conservador.

Appy usou o número, baseado em pesquisas acadêmicas, para defender que todos os setores da economia ganhariam com a aprovação da reforma tributária, mesmo setores que inicialmente seriam afetados com uma carga tributária maior.

Em um cenário otimista, esse crescimento adicional seria de 20%, segundo Appy. As maiores variações se dariam pelo consumo das famílias e investimentos. Entre os principais setores da economia, a indústria e a construção civil seriam os principais beneficiados.

“A reforma tributária gerará o crescimento adicional da economia [PIB] de 12% ou mais em 15 anos. Hoje, isso representaria R$ 1,2 trilhão a mais no PIB de 2022. Ou seja, se a reforma tivesse sido aprovada há 15 anos, cada brasileiro teria hoje mais R$ 460 por mês de renda”, escreveu Appy em sua apresentação exibida na reunião desta quarta (8) no grupo de trabalho da Câmara.

Appy foi um dos convidados a discutir as propostas de reforma tributária em tramitação na Câmara dos Deputados. O ex-senador Roberto Rocha (que foi relator da PEC que está no Senado) e o deputado Baleia Rossi (autor da PEC que está na Câmara) também participaram da audiência. O senador Davi Alcolumbre, autor da PEC do Senado, estava previsto para participar, mas não compareceu à audiência por causa de outros compromissos.

Os participantes demonstraram otimismo com a aprovação da reforma tributária neste ano e elogiaram o empenho do governo federal com a proposta, especialmente pela presença do secretário Bernard Appy e do envolvimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o tema.

Esta foi apenas a primeira das audiências públicas que o grupo de trabalho da reforma tributária realiza. Daqui para frente, o colegiado fará novas audiências com representantes de diversos setores da economia, além de discutir diagnósticos dos problemas do atual sistema tributário brasileiro.

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