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    Responsabilidade fiscal é necessária para ajudar os mais pobres, diz Paulo Hartung

    Em entrevista à CNN, economista e ex-governador do Espírito Santo avaliou que governo Lula precisará "reancorar as expectativas econômicas do país"

    CNN Brasil

    O economista e ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, avaliou à CNN, neste sábado (12), que, para “cuidar dos pobres e excluídos”, o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisará de responsabilidade fiscal.

    A declaração de Hartung repercute a fala de Lula contra o teto de gastos durante a semana, que provocou reação do mercado.

    Em entrevista à CNN, o economista pontuou que a economia brasileira está “desancorada do ponto de vista das expectativas”. “Isso desde o ano passado quando o governo adiou o pagamento de precatórios e furou o teto de gastos com diversos argumentos”, disse Hartung.

    De acordo com o ex-governador capixaba, o governo Lula terá que cumprir a tarefar de “reancorar as expectativas econômicas do país” para que possa ter êxito no combate à fome e à pobreza.

    “É muito importante a reancoragem se a gente quiser cuidar de nossas prioridades, entre elas, o combate à fome e à pobreza, que infelizmente aumentou muito durante a pandemia. Mas para cuidar de quem precisa ser cuidado no país precisamos ter responsabilidade com as contas públicas”, afirmou.

    “Se não você dá com uma mão e tira com a outra, Quando você tem uma economia desequilibrada, o que tira é superior àquilo que é oferecido aos mais pobres. Se a gente quer realmente colocar a população mais pobre no jogo, precisamos reancorar as expectativas e trabalhar com responsabilidade fiscal”, acrescentou.

    Sobre a reação das bolsas após as declarações de Lula, Hartung ainda pontuou que, para o mercado, “se você der sinais errados, vai colher reações negativas”.

    “O que precisamos é não enveredar por caminhos de política econômica que já deram errado no Brasil, na América Latina e mundo afora”, declarou.

    Ele ainda avaliou que a PEC da Transição que vem sendo articulada pelo governo “não foi o melhor caminho”. Na sua opinião, a equipe de transição precisava ter feito mais estudos técnicos robustos sobre a situação atual do Brasil.

    “Antes de articular politicamente em torno do Orçamento de 2023, precisaríamos que os técnicos estudassem a realidade e construíssem caminhos para o Brasil seguir de maneira positiva no ano que vem. Quando você vai direto ao Congresso negociar politicamente sem um estudo robusto, a possibilidade desse improviso gerar descaminhos para o Brasil em 2023 é muito grande”, concluiu Hartung.

    Publicado por Léo Lopes, produzido por Elis Franco, da CNN

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