Distribuidora responsável por 30% do gás de cozinha do RS fecha unidade após chuvas

Operação da Copa Energia em Canoas (RS) está interditada após inundação

João Nakamura, da CNN, São Paulo
Botijões de gás de cozinha
Companhia diz que realiza força-tarefa para atender demanda  • Pedro Ventura/Agência Brasil
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A Copa Energia, dona da Liquigás, teve de interditar o centro operativo da cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul. Os moradores do município seguem ilhados e mais de 50 mil pessoas estão em áreas de risco.

A empresa afirma que é responsável por mais de 30% do abastecimento do gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha) do estado.

Em nota, a Copa Energia informa que as operações de Pelotas, Passo Fundo, Santa Maria e de municípios de outros estados seguem ativas para tentar suprir a demanda.

"A companhia está realizando uma força-tarefa para entregar GLP à população do estado", disse.

A empresa reforça que neste momento a prioridade é a segurança e o bem-estar dos colaboradores.

Além da operação da Copa Energia, a refinaria Alberto Pasqualini (Refap), da Petrobras, também enfrenta dificuldades para escoar combustíveis devido a problemas logísticos decorrentes das enchentes.

Em nota publicada na segunda-feira (6), o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) afirmou que a refinaria – que tem capacidade para processar 32 mil m³/dia de petróleo – estava operando em carga mínima, com retirada de produtos, como diesel e gasolina, abaixo do normal.

As retiradas de gás liquefeito de petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, estavam perto de “zero”.

Catástrofe climática

As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o dia 29 de abril colocaram cerca de 78% do estado debaixo d'água.

Nesta terça-feira, o Rio Grande do Sul contabilizava 95 mortes em decorrência da tempestade iniciada em 29 de abril.

Ao todo, 131 pessoas estão desaparecidas e 362 estão feridas.

Segundo o governo estadual, 1.408.993 pessoas foram afetadas em 397 municípios. Já são 156.056 desalojados e 48.297 em abrigos.

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