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Saímos do ponto da interrupção para manutenção dos juros, diz diretor do BC

Na ata da última reunião, Banco Central sinalizou que iniciou novo estágio com Selic em 15%

Vitória Queiroz, da CNN, Brasília
Diogo Abry Guillen, durante a coletiva (arquivo)
Diogo Guillen concedeu uma entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (25) para comentar o Relatório de Política Monetária  • Raphael Ribeiro/BCB
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Depois de implementar uma política monetária "firme", o Copom (Comitê de Política Monetária) sinalizou na ata que vai iniciar um "novo estágio".

De acordo com Diogo Guillen, diretor de Política Econômica do BC (Banco Central), o cenário projetado está se concretizando, o que levou a autoridade monetária a interromper o ciclo de alta da Selic.

“A gente tem convicção de que o cenário tem se comportado conforme a gente delineou. Isso ajuda a gente a sair desse ponto da interrupção para a manutenção, avaliando se a taxa vai ser suficiente para a convergência da inflação para a meta”, afirmou Guillen.

O diretor do BC concedeu uma entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (25) para comentar o Relatório de Política Monetária.

Na ata divulgada na última terça-feira (23), o Copom informou que vai avaliar os impactos acumulados para avaliar se estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta. Apesar da sinalização, o Copom avalia que o atual cenário exige cautela na condução da política monetária.

"Após uma firme elevação de juros, o Comitê optou por interromper o ciclo e avaliar os impactos acumulados. Agora, na medida em o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada", diz o documento.

Na última reunião, o colegiado decidiu manter a Selic em 15%, maior patamar desde 2006. A taxa básica de juros é um instrumento utilizado pelo BC para convergir a inflação para a meta, que é de 3% em 2025, com intervalo de tolerância de até 4,5%. 

O Copom elevou a Selic a 15% na reunião de junho e optou por manter a taxa básica de juros neste patamar nas duas decisões seguintes, de julho e de setembro.

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