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    Serviços crescem 3,1% em dezembro e fecham 2022 com alta de 8,3%, diz IBGE

    Resultado mensal é o maior da série histórica, iniciada em 2011

    Tamara Nassifda CNN , em São Paulo

    O setor de serviços registrou alta de 3,1% em dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10).

    Trata-se do maior patamar da série histórica, iniciada em 2011.

    Com o resultado do mês, o setor fecha em crescimento pelo segundo ano consecutivo, com alta de 8,3% na taxa anual.

    A retomada de serviços presenciais após as fases mais críticas da pandemia, em especial no segmento de transportes, ajuda a explicar a forte expansão em 2022, afirma o analista da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, Luiz Almeida, em comunicado.

    “O setor de transportes cresce desde 2020, mas com dinâmica diferente: inicialmente, por causa da área de logística, com alta nos serviços de entrega, em substituição às compras presenciais”, disse ele.

    “Já em 2022, há a manutenção da influência do transporte de carga, puxado pela produção agrícola, mas também pela reabertura e a retomada das atividades turísticas, impactando o índice no transporte de passageiro.”

    Depois de transportes, de alta 13,3% no ano, o ramo de serviços profissionais, administrativos e complementares foi o de segundo maior impacto no resultado, com expansão de 7,7%.

    A pesquisa destaca empresas de locação de automóveis, serviços de engenharia, soluções de pagamentos eletrônicos e organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções.

    Na sequência, serviços prestados às famílias – como restaurantes, hotéis, buffets e atividades para condicionamento físico – cravaram o terceiro lugar entre as maiores influências no resultado, com alta anual de 24%. Fecha o campo das altas o setor de informação e comunicação, com crescimento de 3,3%.

    No ano, o único segmento que apresentou retração foi o de outros serviços, com queda de 2,1%. A pesquisa aponta que serviços financeiros auxiliares, como corretoras de títulos e valores mobiliários, administração de bolsas e mercados de balcão organizado, e administração de fundos por contrato ou comissão, puxaram o ramo para baixo.

    Aqui, o movimento também tem relação com a retomada de atividades presenciais – mas no sentido inverso.

    “Durante os períodos de isolamento mais severos, as famílias de maior renda, que participam mais desse segmento, realocaram o gasto para esse setor. Com a retomada pós-isolamento, a leitura é que a distribuição investimentos mudou, com uma realocação dos gastos familiares”, explica Luiz Almeida.

    Olhando especificamente para dezembro, quatro das cinco atividades monitoradas pela pesquisa acompanharam a alta. O carro-chefe do mês foi o setor de transportes (2,5%), seguido por outros serviços (10,3%), serviços profissionais administrativos e complementares (3,0%) e serviços prestados às famílias (2,4%).

    Serviços de informação e comunicação fecharam o mês no negativo, com queda de 2,9%.

    O IBGE ainda mostra que, no ano, todas as Unidades da Federação – com exceção ao Distrito Federal – fecharam o ano em alta.

    Já na passagem de novembro para dezembro, 22 das 27 unidades federativas expandiram.

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