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Tarifa: associação faz alerta e questiona eficácia para objetivo de Trump

Associação Brasileira do Alumínio aponta potenciais impactos negativos da medida ne conomia dos EUA

João Nakamura, da CNN, em São Paulo
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump  • REUTERS
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A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) reforçou, nesta quarta-feira (2) sua preocupação quanto à política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Mais cedo, o republicano apresentou uma série de tarifas recíprocas a 185 países, sendo o Brasil atingido por uma de 10%. Além disso, desde o dia 12 de março, todas as importações de aço e alumínio dos EUA são taxadas em 25%.

A ABAL faz um alerta para potenciais impactos nas cadeias de comércio no médio e no longo prazo. Ademais, ressalta que o impacto da medida deve ir além do comercial em si.

"Ela reflete uma estratégia mais ampla de coordenação entre políticas industriais, tarifárias e de defesa comercial, em curso tanto nos Estados Unidos como em outras economias, como resposta a um processo global de desindustrialização — impulsionado por práticas comerciais anticompetitivas e pelo aumento dos custos de energia", afirma a entidade.

"Embora conceitualmente legítima, essa estratégia precisa considerar a complexidade, a interdependência e os riscos associados à fragmentação da cadeia global do alumínio", pontua.

A ABAL conclui questionando a efetividade das tarifas para o objetivo final de Trump, que é fortalecer a indústria e o mercado de trabalho dos EUA.

"A desproporcionalidade das medidas pode elevar significativamente os custos de produção de setores estratégicos para a economia americana, como automotivo, aeroespacial, de defesa e de embalagens, com potenciais efeitos inflacionários", pondera.

"Há o risco de que tarifas aplicadas com o objetivo de revitalizar a economia acabem, paradoxalmente, fragilizando a competitividade da própria indústria americana, na medida em que mantêm o país exposto à dependência externa de insumos estratégicos, como bauxita e alumina."

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