Tendência é que desigualdade entre países pobres e ricos aumente, diz economista

À CNN Rádio, Leonardo Trevisan concordou com relatório do Banco Mundial que projeta crescimento econômico menor neste ano, com piora para países emergentes

Amanda Garcia, com produção de Bruna Sales, da CNN
São Paulo, desigualdade social, Periferia
"Com certeza a desigualdade vai aumentar, o grande efeito da pandemia foi acelerar e aumentar as duas velocidades, de pobres e ricos", disse o especialista  • Foto: Amanda Perobelli - 02.abr.2020/Reuters
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O primeiro relatório do Banco Mundial deste ano projetou uma recuperação econômica menor para os próximos dois anos. O economista Leonardo Trevisan avalia que o declínio será “muito mais grave nos países pobres.”

“Serão duas velocidades, a recuperação econômica dos ricos, que será boa, e dos pobres, que será deficiente”, afirmou o professor da ESPM, em entrevista à CNN Rádio.

Em 2021, ele explica, o mundo cresceu, em termos médios, 5,5%. Para 2022, a tendência é de que o número caia para 4,1%, enquanto em 2023 deve ser de 3,2%.

“Com certeza a desigualdade vai aumentar, o grande efeito da pandemia foi acelerar e aumentar as duas velocidades, de pobres e ricos, alguns motivos aceleraram essa desigualdade, e o processo de vacinação desigual no mundo é um deles”, avaliou.

Da mesma forma, Trevisan lembra que os países ricos também estão enfrentando problemas de inflação e crescimento.

“Imagine, então os mais pobres. Para comparação, o PIB dos EUA é de 22 trilhões de dólares, enquanto o brasileiro é de 1,6 trilhão.”

O economista ressaltou que o auxílio emergencial foi necessário em todo o mundo, devido à pandemia e interrupção do setor de serviços.

“Isso implicou aumento de preços, já que a demanda por produtos aumentou, e também houve desorganização da cadeia global de produção.”

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