Toshiba planeja se dividir em três, mas rejeita convite para fechar capital
Empresa vai alojar divisões de energia e infraestrutura em uma unidade, com as de disco rígido e de semicondutores formando outra
A Toshiba revelou planos nesta sexta-feira (12) para se cindir em três empresas, com o objetivo de tentar apaziguar os acionistas ativistas que pedem uma revisão radical do conglomerado japonês após anos de escândalos.
Fundada em 1875, a Toshiba planeja alojar suas divisões de energia e infraestrutura em uma unidade, enquanto as de disco rígido e de semicondutores de energia formarão a espinha dorsal de outra. Uma terceira administrará a participação da Toshiba na empresa de chips de memória flash Kioxia e outros ativos.
O plano veio após um escândalo de governança corporativa, parcialmente projetado para incentivar acionistas ativistas a venderem suas participações, disseram fontes a par do assunto.
A cisão, no entanto, vai contra os apelos de ativistas para que a Toshiba feche o capital, e alguns acionistas importantes disseram que podem contestar o plano.
“Os acionistas têm duas opções agora: vender e ir embora e voltar em dois anos ou comprar mais ações e lutar contra isso. Vou pensar no que fazer”, disse um investidor que não quis ser identificado.
A Toshiba divulgou um relatório separado que concluiu que seus executivos, incluindo um ex-presidente-executivo, se comportaram de forma antiética, mas não ilegal.
A empresa afirmou que é muito dependente do Ministério do Comércio e os problemas também foram causados por sua “cautela excessiva” em relação a fundos estrangeiros e a falta de vontade de desenvolver um relacionamento sólido com eles.
Com a reestruturação, a Toshiba pode devolver 100 bilhões de ienes (US$ 875 milhões) aos acionistas nos próximos dois anos fiscais.
A empresa disse que pretende “monetizar” suas ações da Kioxia e devolver o lucro líquido integralmente aos acionistas assim que possível, uma mudança em relação ao plano anterior para devolver apenas a maioria dos lucros.
Outros ativos que continuarão a ser detidos pela Toshiba incluem sua participação na Toshiba Tec, uma fabricante de sistemas de informação de impressão e varejo.
A Toshiba também informou que seu Ebitda do segundo trimestre quase dobrou, para 30,4 bilhões de ienes, enquanto se recupera de uma queda provocada pela pandemia do coronavírus.
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Confira algumas empresas que passaram por alteração de nome nos últimos anos • Amador Loureiro/Unsplash
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Facebook anunciou que passará a se chamar Meta. O nome simboliza um novo foco de atuação da gigante de tecnologia: o desenvolvimento do chamado metaverso • Divulgação/Facebook
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Em 2015, o Google anunciou uma reestruturação, com a criação da Alphabet. A empresa se tornou a responsável por administrar o próprio Google e antigas subsidiárias, na tentativa de dar mais independência e transparência aos negócios • SOPA Images/LightRocket via Gett
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Dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, a Via Varejo revelou em 2021 que decidiu mudar de nome para Via. O movimento representa uma busca da empresa de atuar em múltiplos setores, incluindo o e-commerce, indo além do varejo físico • Via/Divulgação
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Outra varejista que mudou de nome há pouco tempo foi a Magazine Luiza. Em 2018, as lojas mantiveram o nome, mas a empresa passou a se chamar Magalu. A mudança também refletiu uma aproximação com o comércio digital • Divulgação/ Magazine Luiza
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A BRF surgiu em 2013, resultado da fusão de duas gigantes do setor de alimentos: a Perdigão e a Sadia. O nome vem da BR Foods, dona da Sadia • BR Foods/Divulgação
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Em 2006, surgiu a B2W, empresa resultante da fusão dos sites Americanas, Submarino e Shoptime. O nome permaneceria até 2021, quando a Lojas Americanas anunciou a fusão com a empresa, que passou a se chamar apenas Americanas • SOPA Images/LightRocket via Gett
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A BR Distribuidora também mudou de nome em 2021 para Vibra. A alteração ocorreu depois de a Petrobras vender sua participação na empresa • Divulgação
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Ainda em 2021, foi a vez da Duratex mudar de nome. A empresa, que atua na área de decoração, passou a se chamar Dexco, simbolizando uma nova estratégia de negócios voltada para a expansão na área de construção civil • Duratex/Divulgação
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Envolvida em denúncias de corrupção no âmbito da Operação Lava Jato, a construtora Odebrecht, fundada há mais de 70 anos, informou em 2020 que passaria a se chamar Novonor • Rovena Rosa/ Agência Brasil
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Também envolvida em denúncias no âmbito da Operação Lava Jato, a construtura Camargo Corrêa anunciou em 2018 que sua controladora mudaria de nome, passando a se chamar Mover • Camargo Corrêa/Divulgação