Vamos acompanhar de perto situação dos Correios, diz secretário do Tesouro
Segundo Ceron, garantia da União em empréstimo gerou uma economia de cerca de R$ 5 bilhões de reais em juros na operação

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta segunda-feira (29) que irá acompanhar “de perto” a situação de crise financeira dos Correios.
Na última sexta-feira (26), a estatal assinou um contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões com um grupo de cinco bancos, com o objetivo de reequilibrar as contas nos próximos dois anos.
Na operação há uma previsão, por parte dos Correios, de um aporte do Tesouro na estatal até 2027.
O financiamento conta com garantia do Tesouro Nacional. Na prática, isso significa que, caso a estatal não consiga honrar a dívida, a União assume a responsabilidade pelo pagamento.
A garantia reduz o risco da operação para as instituições financeiras, o que tende a permitir juros menores e condições mais favoráveis.
A estratégia de reestruturação prevê a captação total de até R$ 20 bilhões. Com o empréstimo já contratado, ainda faltariam cerca de R$ 8 bilhões para atingir o montante considerado necessário.
A decisão entre um eventual aporte do Tesouro ou a realização de uma nova rodada de empréstimos deve ser tomada em 2026.
Durante coletiva para comentar os dados do Tesouro Nacional de novembro, Ceron destacou que a garantia da União gerou uma economia de cerca de R$ 5 bilhões de reais em juros na operação.
“É algo que vamos acompanhando de perto. A primeira etapa foi feita. Foi uma operação muito bem sucedida, agora é acompanhar bem próximo para garantir que eles façam esse processo de reestruturação”, disse.


