Veja o calendário para pagamento do IPTU em São Paulo em 2022
Prefeitura de São Paulo divulgou datas e anunciou parcelamento do tributo em até dez vezes ou desconto de 3% à vista
A Prefeitura de São Paulo divulgou, na terça-feira (4), o calendário referente ao pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Os proprietários de imóveis podem optar por parcelar o pagamento em até 10 vezes ou quitar o imposto à vista. Nesta último opção, o imposto tem desconto de 3%.
Segundo a prefeitura, os contribuintes vão receber inicialmente a notificação de lançamento do imposto com a opção de pagamento à vista ou da primeira parcelas. Para quem optar pelo parcelamento, será enviado um formulário único contendo todos os boletos das parcelas futuras, que poderão ser pagos mensalmente, de acordo com a data de vencimento de cada parcela.
Os moradores poderão consultar no edital as datas de vencimento do IPTU. Para todos os imóveis o vencimento da primeira parcela ou o prazo para o pagamento à vista do imposto ocorre no mês de fevereiro.
Mas os pagamentos já podem começar a ser feitos a partir do dia 15 de janeiro, por meio da 2ª via do boleto emitida pela internet.
A Prefeitura de São Paulo informa a data de vencimento será:
- no dia escolhido para os contribuintes que fizeram opção via atualização cadastral
- no dia 09 ou no dia 14, para os contribuintes que não fizeram opção de dia de vencimento
- no dia 20, para os contribuintes que optaram pela notificação por Administradoras de Imóveis, vencendo a primeira parcela no mês de março.
Vale ressaltar que os vencimentos nos dias em que não haja expediente bancário serão prorrogados para o primeiro dia útil seguinte, sem a cobrança de qualquer acréscimo.
Pagar à vista ou parcelado?
Aproveitar o desconto à vista ou utilizar o parcelamento? Economistas ouvidos pelo CNN Brasil Business afirmam que o cenário é propício ao parcelamento do imposto, mesmo para aqueles que possuem uma reserva financeira para quitar à vista.
“O IPTU está usando uma taxa de cerca de 8,5% ao ano, o que daria 0,68% ao mês. Então, se a pessoa tiver uma aplicação que renda mais que 0,68% ao mês, não vale a pena pagar à vista, e sim manter o dinheiro investido e parcelar”, afirmou Josilmar Cordenonssi, professor de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
O professor cita como exemplo a Selic como base para a aplicação. A taxa básica de juros atualmente está em 9,25% e, portanto, é uma opção melhor para deixar o dinheiro render enquanto parcela o IPTU.
“Se deixar dinheiro no Tesouro Selic, ele vai render mais do que a taxa de juros de 8,5% do IPTU. É melhor parcelar você tendo dinheiro ou não tendo, neste caso. Depois que pagar as parcelas ainda vai sobrar um dinheiro no final das contas”, disse o professor.
Patrícia Palomo, especialista em educação financeira e sócia da Sonata Gestão de Patrimônio, também afirma que a melhor opção para o contribuinte é o parcelamento, diferentemente do que ocorre com o IPVA.
“Para quem tiver recurso em conta ou em aplicações conservadoras com liquidez diária, vale a pena pagar o IPVA à vista. Mas no caso do IPTU, existem opções de investimento que oferecem remuneração mais interessante no período”, afirmou.