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    Veja outros momentos em que a economia brasileira teve recessão técnica

    País teve recuo de 0,1% no terceiro trimestre de 2021 e apresentou novamente o quadro de contração da economia, visto pela última vez em 2020

    Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business , em São Paulo

    economia brasileira recuou 0,1% no terceiro trimestre de 2021 e apresentou recessão técnica, que ocorre quando há queda por dois trimestres seguidos.

    Segundo a série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que começou em 1996, a primeira recessão técnica ocorreu em 2001, pressionada pela crise na Argentina e pelos atentados nos Estados Unidos. Dois anos depois, o país encontraria o quadro negativo novamente, como explica a analista de economia da CNN Priscila Yazbek.

    O Brasil ficou cinco anos sem entrar em recessão técnica depois de 2003, mas foi atingido pela crise financeira global, que teve início nos Estados Unidos, em 2008 e viu o cenário se repetir em 2009.

    Já no fim de 2015 e começo de 2016, a economia brasileira recuou novamente. A desaceleração das commodities, represamento de preços, alta inflação e os juros baixos fizeram com que o país entrasse de novo em recessão.

    Histórico de recessões no Brasil
    Histórico de recessões no Brasil / CNN

    Em 2020, com a pandemia do novo coronavírus, o Brasil voltou a apresentar contração. O primeiro trimestre do ano apresentou queda de 2,3%, enquanto o segundo trimestre teve queda mais bruta, de quase 9%.

    Variação trimestral do PIB
    Variação trimestral do PIB / CNN

    Recessão técnica em 2021

    No primeiro trimestre do ano, o PIB — que representa a soma de todas as riquezas do país —, cresceu 1,2%. No período seguinte teve queda de 0,4%, segundo revisão divulgada pelo instituto. No terceiro trimestre, o recuo foi de 0,1%.

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário de política econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, atribuíram a queda do PIB ao agronegócio.

    “Foi um acidente de percurso, um acaso, como chuva, vento. Um setor teve queda [agronegócio]. Para o próximo mês, o efeito disso passa, é transitório. A dor de cabeça é muito maior com a inflação”, afirmou Paulo Guedes, à CNN.

    “Mais importante do que o número do PIB é olhar a qualidade do crescimento. O agro teve queda de 8% no período, na maior crise hídrica da história. Quando isolamos esta perda, vemos que o PIB teria sido positivo em 0,3% no terceiro trimestre”, disse Sachsida, à CNN.

    Em ranking da Austing Rating, que engloba 33 países, o PIB do Brasil se encontra na 26ª posição com o menor crescimento entre as economias analisadas. Para Priscila Yazbek, isso mostra que o resultado apresentado não é decorrente de um acompanhamento da economia mundial.

    A agropecuária é a menor parcela representada pelo PIB, com 6,80% de participação. Serviços (72,80%) e indústria (20,40%) compõem a maior parcela.

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