Volta da demanda por serviços puxa crescimento do emprego, diz pesquisador
Taxa de desemprego no Brasil ficou em 9,8% no trimestre encerrado em maio, menor taxa para o período desde 2015, quando foi de 8,3%, informou o IBGE
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 9,8% no trimestre encerrado em maio, menor taxa para o período desde 2015. Em entrevista à CNN, Fernando de Holanda, pesquisador do FGV/Ibre diz que o que surpreendeu “foi a força com que voltou o emprego”.
“Isso vem muito da recuperação da pandemia. O setor de economia criativa é um setor que demanda contato. Então, é fundamental a volta da normalidade”.
Segundo ele, outros setores, como serviços pessoais, viagens, e refeições fora de casa, que são atividades que ficaram restritas, também ajudaram. “As pessoas estão voltando a demandar esses serviços, e isso puxou de forma muito forte o crescimento do emprego neste primeiro trimestre, surpreendendo positivamente.”
Além disso, o especialista diz que a queda no desemprego já era esperada.
“Uma vez que a crise atinge a economia, o que a gente passa a observar é que as pessoas ficam dispostas a trabalhar por um salário menor. Então, elas aceitam empregos que pagam menos, e isso reduz a massa salarial. Isso já era, de certa forma, esperado, e é até um efeito natural do que acontece em um ajuste, ainda mais em uma crise forte que foi a pandemia.”
Veja a entrevista na íntegra acima