Apesar de lucro menor, especialistas enxergam resultado da Vale com otimismo; ação sobe 2,5%
Com desvalorização do ferro, redução de custos é destaque da mineradora
A divulgação dos resultados da Vale (VALE3) no 3º trimestre de 2024, na última quinta-feira (24), demonstrou uma queda de desempenho em relação ao último ano.
Apesar do EBITDA de US$ 3,7 bilhões no terceiro trimestre de 2024, 21% menor que o mesmo período de 2023, a redução era esperada devido ao preço decrescente do ferro e especialistas esperam crescimento de desempenho para os próximos períodos, baseado nas receitas e despesas. Por volta das 11h30, os papéis da mineradora subiam 2,5% na B3, a R$ 61,20.
O ponto positivo do balanço ficou por conta do custo de produção C1, que foi reduzido para US$ 18,2/t. A média dos 9 meses anteriores foi de U$22,9/t, representando uma otimização da despesa em meio à desvalorização dos minérios. Analistas do Itaú esperam cortes ainda maiores para o próximo trimestre, seguindo a sequência positiva de diluição dos custos, alinhada também ao aumento de produção de minerais.
O lucro líquido da empresa caiu para US$2,4 bilhões no período, 16% menor do que o 3° trimestre de 2023. Apesar disso, terminou acima das expectativas, impulsionado pela venda de 50% da joint venture de distribuição em Omã para a Apollo, como destaca Ruy Hungria, especialista da Empiricus.
Já para a Montebravo Corretora, um fator a se observar com otimismo no setor de metais básicos é a operação do cobre, que já demonstrou sinais de reação no último trimestre. O níquel, apesar de ainda não apresentar tanta força, também é motivo de esperança na análise da corretora.
A Goldman Sachs ainda espera mais detalhes que podem impactar para consolidação da perspectiva, como o preço do minério de ferro para o 2º semestre de 2024, a demanda e o mercado chinês.
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