Ibovespa bate recorde e sobe aos 143,1 mil pontos; dólar cai a R$ 5,39
No melhor momento do dia, índice chegou a bater 144 mil pontos
O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira (11), renovando máximas históricas e testando o patamar dos 144 mil pontos pela primeira vez, puxado principalmente pelas ações de bancos, depois que dados econômicos dos Estados Unidos referendaram as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,56%, a 143.150,03 pontos, tendo alcançado 144.012,5 pontos no melhor momento do dia.
Na mínima, marcou 142.349,41 pontos. O volume financeiro foi um pouco melhor do que nos últimos pregões e somou R$ 24,5 bilhões.
O dólar, por sua vez, fechou em baixa de 0,30%, aos R$5,3911 -- abaixo de R$5,40 pela primeira vez desde 15 de agosto.
O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,4% em agosto, após aumentar 0,2% em julho.
Nos 12 meses até agosto, o indicador avançou 2,9%, o maior aumento desde janeiro, após ter subido 2,7% em julho. Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 0,3% no mês e 2,9% em 12 meses.
Já os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA somaram 263 mil na semana passada, acima da expectativa de 235 mil em pesquisa da Reuters.
No mercado de títulos americanos, o rendimento dos Treasuries de dois anos – que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo – caía 2 pontos-base após a divulgação dos números, que não alteraram neste primeiro momento a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.
O índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – caía 0,16%, a 97,628.
Também na abertura desta quinta, o BCE (Banco Central Europeu) manteve sua taxa de referência em 2% ao ano, pela segunda reunião consecutiva, como esperado pelo mercado.
No Brasil, com efeitos reduzidos sobre o câmbio, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que as vendas no varejo caíram 0,3% em julho ante junho, em linha com o esperado.
Investidores seguirão atentos ainda, durante a tarde, à retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.
O placar atual é de 2 votos a 1 pela condenação de Bolsonaro, faltando ainda dois ministros do STF para votar: Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A maioria pela condenação estará formada se pelo menos um dos dois votar contra o ex-presidente.
No mercado, o receio principal é de que a condenação gere novas medidas de retaliação dos Estados Unidos contra o Brasil.
Na quarta-feira (10), o dólar à vista fechou em baixa de 0,53%, aos R$ 5,4071.
*Com informações da Reuters


