Ibovespa bate recorde aos 145 mil pontos; dólar fecha estável
Investidores mantêm otimismo após queda de juros nos EUA
O Ibovespa renovou suas máximas históricas nesta quarta-feira (17), de olho nas decisões de juros do Brasil e dos Estados Unidos.
O índice referência do mercado acionário brasileiro subiu 1,06% no pregão, a 145.593,63 pontos. A bolsa chegou a bater 146.330,90 pontos no melhor momento, novo topo histórico intradia. O volume financeiro somou R$ 22,9 bilhões.
Após cair ao longo do dia, o dólar inverteu sinal no fim do pregão, subindo ligeiros 0,06%, aos R$ 5,3019 na venda. A divisa chegou a ser cotada em R$ 5,27 no meio dos negócios.
Juros
O Federal Reserve cortou os juros nos Estados Unidos em 0,25 ponto, reduzindo a banda para 4% e 4,25% ao ano, conforme decisão do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), publicada nesta quarta.
Foi a primeira redução da taxa na maior economia do mundo desde dezembro do ano passado. Desde então, o colegiado manteve as taxas congeladas entre 4,25% e 4,5%, apesar da pressão do presidente Donald Trump pelo corte dos juros.
A autoridade também indicou que reduzirá gradualmente os custos de empréstimos pelo restante do ano, à medida que os formuladores de política respondem a preocupações sobre a fraqueza no mercado de trabalho — em um movimento apoiado pela maioria dos indicados do presidente Donald Trump ao banco central.
Em coletiva após a decisão, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que alguns dos cenários inflacionários mais negativos enfrentados pela economia perderam força.
"Realmente, desde abril, para mim, os riscos de uma inflação mais alta e mais persistente provavelmente se tornaram um pouco menores, e isso se deve, em parte, ao fato de o mercado de trabalho ter se enfraquecido e o crescimento do Produto Interno Bruto ter desacelerado", afirmou.
Powell disse que as tarifas estão aumentando as pressões sobre os preços, mas cada vez mais parece que será "um aumento de preço único, em vez de criar um processo inflacionário".
No final do dia, o Banco Central do Brasil ocupa as atenções, quando o Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia sua decisão para a Selic, que, conforme previsões no mercado, deve permanecer em 15% ao ano.
Assim, o foco também se volta para o comunicado e eventuais sinais sobre os próximos passos.
*Com informações da Reuters