Ibovespa sobe 1,9% na semana após dados de inflação; dólar varia pouco

Agentes ainda acompanham divulgação de balanços ao longo do dia, enquanto mantêm no radar os desdobramentos da escalada das tensões globais

Da CNN Brasil*
Notas de dólar
Notas de dólar  • 10/03/2023REUTERS/Dado Ruvic/Imagem ilustrativa
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O Ibovespa abriu em forte alta, mas vem perdendo fôlego durante a tarde desta sexta-feira (24), já o dólar oscilou pouco e fechou em leve alta, com mercados digerindo dados da inflação no Brasil e nos Estados Unidos.

O dólar à vista fechou em alta de 0,14%, a R$ 5,3930. Na semana, a divisa norte-americana apresentou baixa variação ante o real, com desvalorização de 0,25%.

Já o Ibovespa teve avanço de 0,31%, a 146.172,21 pontos. A Bolsa abriu com forte alta e ultrapassou os 147 mil pontos, acompanhando o viés positivo na abertura das bolsas dos EUA, mas perdeu força.

Em semana de recuperação, o índice acionário brasileiro acumulou alta de 1,93%.

As principais praças da Europa tiveram desempenho misto. Os mercados fecharam no azul na Ásia, com expectativas do encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, com líder chinês, Xi Jinping, na próxima semana.

Inflação dos EUA abaixo do esperado

O CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,3% em setembro, abaixo das expectativas dos economistas, segundo dados divulgados pelo BLS (Escritório de Estatísticas do Trabalho).

Em 12 meses, porém, o indicador retornou ao patamar de 3%, o maior nível desde janeiro.

O CPI de setembro foi o principal dado da economia americana divulgado em meio à paralisação do governo dos EUA, deflagrada no início de outubro.

Analistas ouvidos pela CNN previam avanço de 0,4% na margem mensal, e 3,1% no acumulado de 12 meses.

Em agosto, o CPI registrou avanço de 0,4%, com alta de 2,9% em um ano.

Os dados foram publicados menos de uma semana antes da reunião do Fed (Federal Reserve) para decidir os próximos passos dos juros.

Dados do FedWatch, compilado pelo CME Group, mostram 98,9% de probabilidade de novo corte de 0,25 ponto na taxa, reduzindo a margem de 4% a 4,25%.

IPCA-15 desacelera

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a prévia da inflação, subiu 0,18% em outubro, mostrando perda de fôlego após alta de 0,48% em setembro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este foi o menor resultado para a prévia da inflação do mês desde 2022, quando o indicador avançou 0,16%.

Com os números de outubro, o IPCA-15 soma alta de 4,94% nos últimos 12 meses. Já no acumulado de 2025, a prévia da inflação subiu 3,94%.

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, seis apresentaram alta.

O maior impacto veio dos Transportes, com avanço de 0,41%. O segmento foi influenciado pelas altas de passagens aéreas (4,39%) e combustíveis (1,16%).

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