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Dólar recua com dados e impasse entre Brasil e EUA em foco; Ibovespa sobe

Ao longo desta semana, agentes financeiros analisarão uma série de dados econômicos, como o IPCA-15 de agosto, relatório de emprego do Caged e, no cenário externo, o PIB dos EUA

Da CNN*
Notas de dólar
Notas de dólar  • 10/03/2023REUTERS/Dado Ruvic
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O dólar à vista tinha leve queda ante o real nesta segunda-feira (25), após recuar quase 1% na sessão anterior na esteira de um discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, com os investidores atentos a novidades sobre o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos e à espera de mais dados econômicos.

Às 13h10, o dólar à vista caía 0,25%, a R$ 5,4081 na venda.

No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,30%, a 138.385,68 pontos.

Discurso de Powell e juros dos EUA

A moeda brasileira devolvia uma pequena parte do forte ganho obtido na sexta-feira, quando as falas de Powell no simpósio de Jackson Hole, evento promovido pelo Fed, fomentaram as expectativas de que o banco central dos EUA retomará os cortes na taxa de juros a partir de setembro.

Em seu discurso, o chair do Fed reconheceu que os riscos para o mercado de trabalho americano estão crescendo, acrescentando que a perspectiva básica do banco é de que a política monetária será reajustada devido ao seu patamar contracionista.

Powell não indicou quando ou em qual velocidades os juros poderão cair e apontou que os dados a serem divulgados antes da reunião de 16 e 17 de setembro serão fundamentais para determinar a decisão do Fed.

Com o aumento das apostas de redução dos juros por operadores, o que torna ativos dos EUA menos atrativos de forma geral, o dólar recuou 0,99%, a R$ 5,4227, no pregão anterior, o que abria espaço para uma correção de preço nesta segunda-feira.

Dados Econômicos

Ao longo desta semana, os agentes financeiros analisarão uma série de dados econômicos. No Brasil, os destaques serão os números do IPCA-15 de agosto, na terça-feira (26), e o relatório de emprego do Caged, na quinta-feira (28).

Já no cenário externo, os mercados globais avaliarão a segunda estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA para o segundo trimestre, na quinta, e dados do índice PCE de julho -- o indicador de inflação preferido do Fed --, na sexta-feira.

"O mercado continua especulando sobre a disposição do Fed em cortar juros no mês que vem. O discurso de Powell deixou o caminho em aberto, mas a agenda da semana deve trazer respostas mais objetivas", disse Diego Costa, head de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T XP.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,08%, a 97,926.

Cenário doméstico

O mercado doméstico também aguarda novidades sobre o impasse comercial entre Brasil e EUA, à medida que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua tentando negociar a tarifa de 50% imposta por Washington sobre produtos brasileiros.

A percepção dos agentes segue sendo de que as relações bilaterais foram agravadas depois da decisão do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), que, na prática, impede que o ministro Alexandre de Moraes sofra as consequências das sanções econômicas impostas pelos EUA.

*Com informações da Reuters

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