Dólar cai pela 8ª sessão seguida, a R$ 5,63; Ibovespa fica estável
Mercados repercutem sinais de alívio nas políticas tarifárias de Trump


O dólar fechou em queda e o Ibovespa rondou a estabilidade nesta terça-feira (29), com mercados reagindo aos sinais de alívio na política tarifária dos EUA.
Na cena doméstica, o foco está nas falas do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, a quase uma semana da próxima decisão dos juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
O dólar recuou 0,32% no pregão, negociado a R$ 5,6307, na oitava sessão seguida de queda ante o real. Na véspera, a divisa recou 0,73%.
Enquanto isso, o Ibovespa subiu ligeiros 0,06%, aos 135.092,99 pontos, se mantendo nas máximas de 2025.
Tarifas dos EUA
Como destaque no noticiário internacional, a Casa Branca afirmou mais cedo que o presidente dos EUA, Donald Trump, assinará um decreto ainda nesta terça que reduzirá o impacto de suas tarifas automotivas, no que foi a mais recente flexibilização do governo sobre suas taxas.
Mais tarde, a jornalistas, Trump disse que seu governo não tinha intenção de penalizar fabricantes de automóveis.
Segundo a Casa Branca, o decreto aliviará algumas tarifas sobre peças estrangeiras para carros fabricados nos EUA, enquanto os importadores não terão que pagar tarifas acumuladas sobre carros e materiais usados para fabricá-los.
Na frente de dados, as vagas de emprego em aberto nos EUA caíram de forma acentuada em março, mas um declínio nas demissões sugeriu que o mercado de trabalho permaneceu em uma base sólida.
Cenário doméstico
No noticiário local, as atenções se voltam às falas de Galípolo em entrevista coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF), publicado pelo BC nesta manhã.
Na avaliação do chefe da autoridade monetária, a meta da inflação do Brasil está no mesmo patamar de outros países emergentes.
A previsão do Boletim Focus, divulgado pelo BC na última segunda-feira (28), é de que a inflação encerre 2025 em 5,5%, acima da meta.
“Primeiro, a gente está respondendo a uma dinâmica de inflação que é desafiadora, o que justifica a extensão do ciclo [de aperto monetário]. Segundo, estamos atentos ao que já foi feito e como vai ser sentido ao longo do tempo […]. Terceiro, um ambiente de incertezas que demanda cautela e grau de flexibilidade”, disse Galípolo.
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*Com informações da Reuters